PT pede cassação de Murilo e novas eleições em Várzea Grande
A situação dos administradores de Várzea Grande é insustentável , com provas de corrupção eleitoral e uso da maquina da Prefeitura na campanha de 2008 aparecendo em diversos processos judiciais”. É com esse entendimento que o Partido dos Trabalhadores na cidade vai pedir nesta quinta-feira ao Ministério Público Eleitoral a instauração do processo de cassação de mandato e convocação de novas eleições municipais para os cargos de prefeito e vice.
Segundo Lázaro Donizeti Silva, presidente do PT na cidade, logo nos meses iniciais do segundo mandato, Murilo se licenciou do cargo de Prefeito para “fugir dos oficiais de justiça” que tentavam intimá-lo em processo por improbidade administrativa . Depois foram os aumentos da tarifa de água e do transporte coletivo, tudo com o “de acordo” do Vice Prefeito, Tião da Zaeli.
“Agora, com a investigação sobre as atividades da quadrilha do PAC aparecem às conversas entre os implicados, citandos nominalmente Murilo e seus secretários. A prisão de funcionários do setor de licitação da Prefeitura é só o começo” - opina Lázaro Donizete. O dirigente foi candidato na ultima eleitção a vice-prefeito na aliança com o PMDB.
Para os petistas, é grande a noticia de que a Construtora Gemini, do empresário Anildo Lima Barros, vencedor de licitações do PAC, doou dinheiro para Murilo e recebeu R$ 800 mil de forma duvidosa, a poucas horas da votação. O dirigente lembra que o empresário ainda bancou a comemoração da vitória em passeio de chalana, no Pantanal. “São motivos de sobra para cassação de mandato” - revela Vilson Nery, assessor jurídico do PT, que anexou à representação as notas fiscais do suspeito pagamento de Murilo à empreiteira e as provas da prisão do “doador” da campanha do republicano.
Após a deflagração da investigação da Policia Federal na chamada ‘operação Pacenas’ foram colhidas provas de fraude à licitação nas milionárias obras de saneamento constantes do Programa de Aceleração do Crescimento, em Várzea Grande. De imediato os secretários de Murilo que tratavam diretamente com os empreiteiros simplesmente desapareceram, e os únicos presos até agora são dois servidores da comissão de licitação. Longe de justificar as fraudes, Murilo anunciou a possibilidade de demissão destes servidores, mas não explicou as doações da campanha feita pelas empreiteiras.
Nem mesmo admitiu que foram os réus no processo quem bancaram a festa da vitória, realizada em pleno Pantanal. As fotografias da festança mostravam a confraternização entre Murilo, seu irmão Toninho Domingos, os secretários Gonçalo de Figueiredo, o “Dito Loro”, e Jéverson Missias, além de Anildo Lima Barros, preso na operação da PF.
Uma vez que todas as provas que ligam Murilo aos empreiteiros estão em poder do Ministério Público Federal, o PT pediu que as provas sejam remetidas ao Procurador Federal que atua no Ministério Eleitoral. Se os argumentos forem acatados e Murilo for cassado, Várzea Grande deverá voltar às urnas , para eleger prefeito e vice respectivamente.
O protocolo do pedido de cassação será feito dia 20 às 14 :00 hora na sede do Ministério Federal em Mato Grosso.
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