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Politica Brasil
Quinta - 20 de Agosto de 2009 às 07:43

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O que poderia ser solução para a área de saneamento dos dois maiores municípios mato-grossenses virou problema e até caso de polícia. Assim estão as obras que devem receber até outubro do próximo ano nada menos que R$ 400 milhões dentro do Programa de Aceleração do Crescimento para atender Cuiabá e Várzea Grande. O PAC virou case devido à falta de gestão e ingerências motivadas por interesses particulares no dinheiro público. Por causa disso, até mesmo os projetos macro que serão desenvolvidos na Grande Cuiabá como parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 podem ficar prejudicados. Para o Mundial, a previsão é de que a capital de MT receba mais de R$ 6 bilhões de investimentos públicos e privados. Se o cronograma não for cumprido, conforme exigências da Fifa e da CBF, Cuiabá perde o direito de ser uma das 12 subsedes.

No caso do PAC, o prefeito Wilson Santos (PSDB) foi com muita sede ao pote. Criou até estrutura na administração, com cargo de coordenador do PAC, hoje sob Aparecido Alves, o Cido. Teimoso, toda vez que era questionado pelo Ministério Público, pela Caixa Econômica, pela Controladoria-Geral da União e pelo Ministério das Cidades sobre indícios de irregularidades, ainda na fase das licitações das obras, Santos reagia com argumentos, segundo os quais se tratavam de questões técnicas e fáceis de serem solucionadas. E, assim, sob falhas, os processos deram continuidade.

Um dos que mais alertaram foi o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Rodrigo Figueiredo, que chegou a ser acusado pelo Palácio Alencastro de atender a interesses político-eleitoral do governador Blairo Maggi (PR) para tentar prejudicar o prefeito por causa das eleições de 2010, já que Wilson Santos deve concorrer ao Palácio Paiaguás.

Primeiro veio a morte de dois operários que abriam valas para construção de rede de esgoto. Não foi por falta de alerta sobre os riscos de acidentes. Depois, "explode" a bomba, com a decisão da Justiça na semana passada de decretar a prisão de 11 pessoas envolvidas em esquemas de fraudes, entre elas servidores públicos, empresários, políticos e advogados. O escâncalo virou vergonha nacional. Entre os que ficaram uma semana recolhidos estavam o ex-presidente da Sanecap e ex-procurador-geral do Município, José Antonio Rosa. Empreiteiros ficaram com contas bloqueadas. As obras foram interrompidas. O prefeito e assessores batem cabeça.

Em Várzea Grande, a situação e similar. O Ministério Público também denunciou irregularidades nas obras do PAC. Dos 11 que foram para a cadeia, dois atuavam nos processos licitatórios no município. Direcionavam licitações para atender interesses de empreitiros. Várzea Grande espera receber R$ 168 milhões para projetos de saneamento, via PAC. O prefeito Murilo Domingos se vê acuado, assim como o seu secretário de Comunicação Jefferson Missias, diretor-presidente do Dae, responsável por tocar as obras. A exemplo de Santos, Murilo determinou paralisação das obras.





Fonte: RD News

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