Não vamos entrar em nada que seja confuso, diz Maggi
As fraudes apontadas pela PF e MPF nas obras do PAC de Cuiabá terão reflexos nas eleições de 2010, principalmente se o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), mantiver a disposição em concorrer ao governo do Estado. A avaliação foi feita pelo chefe do Executivo, governador Blairo Maggi (PR), nesta terça (18), após participar de uma solenidade no Palácio Paiaguás. “Pessoas do grupo dele (Santos) estão envolvidas e, nas eleições, esse fato será relembrado”, disse o republicano.
Indagado sobre a possibilidade de assumir as obras, Maggi admitiu executar apenas os três lotes do PAC Pantanal, orçados em R$ 124 milhões. Desses, o governo do Estado entrou com a contrapartida de R$ 18,6 milhões. “Não existe ainda a possibilidade de assumirmos as obras, mas, se existir, será apenas naquelas em não há recursos da prefeitura, principalmente empréstimos. Não vou me enrolar numa coisa que já está enrolada”, apontou.
Ele demonstrou preocupação com a possível “guerra judicial” entre as empresas que vinham executando as obras e a Prefeitura de Cuiabá. “Quem vai pagar pelos serviços que já foram realizados? Não vamos entrar em nada que seja confuso”, disse Maggi. Ele pretende discutir o assunto no encontro de governadores da Amazônia. Marcado para a última semana, o evento foi adiado e o governador aguarda a divulgação de uma nova data. “Os governadores têm propostas para apresentar ao presidente, como o próprio PAC e a questão ambiental”, frisou.
Maggi também anunciou que fará uma viagem a Angola, na próxima terça (25), para retribuir uma visita oficial de lideranças do país africano a Mato Grosso. Em 31 de agosto, ele segue para a África do Sul, país que vai sediar a Copa do Mundo de 2010. O governador e a comitiva retornam a Mato Grosso em 4 de setembro.
Eleições
Em relação às críticas de correligionários, como o diretor-presidente do Dnit, Luiz Antônio Pagot, que defendem o lançamento pelo PR de pré-candidato ao governo do Estado, Maggi ponderou que este é o momento de cada um defender seu ponto de vista. “Estamos dentro do prazo para que os partidos e as lideranças defendam o seu ponto de vista, mas, lá na frente, vamos discutir qual será o melhor candidato e, depois de definido, não tem como mudar mais”, observou.
Ele reafirmou o apoio ao pré-candidato do PMDB, Silval Barbosa. “Todos têm pré-candidatos e o meu é o Silval, mas vamos trabalhar para que haja um entendimento entre os aliados em torno de um único nome. Espero que o Silval seja o candidato do grupo”.
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