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Politica Brasil
Quarta - 19 de Agosto de 2009 às 11:08
Por: Andréa Haddad

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Sob o argumento de que o governo do Estado liberou R$ 18,6 milhões para a Prefeitura de Cuiabá executar as obras do PAC Pantanal, os deputados Nilson Santos (PMDB), Guilherme Maluf (PSDB) e Alexandre César (PT) defendem a instalação de uma CPI na Assembleia para investigar supostas irregularidades nas licitações. “Temos que abrir uma CPI para apurar se houve desvio dos recursos do PAC, pois também tem verba do governo do Estado”, defende o peemedebista.

Segundo ele, os vereadores de Cuiabá e Várzea Grande não demonstram interesse em apurar as fraudes apontadas pela PF e MPF. “Se as câmaras de Cuiabá e Várzea Grande não se manifestaram de forma contundente, é hora da Assembleia colocar em pratos limpos essa situação vergonhosa”, aponta Nilson.

Na avaliação de Maluf, Cuiabá só obteve os recursos do Governo Federal devido ao empenho do governador e, por isso, supostos desvios têm que ser investigados pela AL. “A CPI talvez seja o melhor caminho para apurar qualquer desvio de recursos”. O deputado Alexandre César (PT) endossa o discurso dos colegas. “Esse assunto merece uma investigação mais apurada, inclusive com a abertura de CPI”.

Derrotado por Santos na campanha de 2004 à Prefeitura de Cuiabá, Alexandre afirma que Santos tentou dar uma "tacada de mestre" ao chamar o Exército para executar as obras do PAC, que foram promessa da campanha do tucano à reeleição em 2008. “Tentando uma tacada de mestre, o prefeito chega a falar em trazer o Exercito brasileiro para executar as obras, mas o Exército já comunicou que teria dificuldades, pois já está tocando outras obras”. Alexandre lembra que, no peíodo eleitoral, Santos prometeu entregar as obras da ETA Tijucal até dezembro de 2008. “Mas, até agora, não foi concluída”, critica.

(11h36) - CPI vai gerar briga política e atrasar obras do PAC, sustenta Carlos Brito

O deputado estadual Carlos Brito (PDT) é contra a instalação de uma CPI na Assembleia para apurar as fraudes nas licitações do PAC Pantanal, apontadas pela Polícia Federal e Ministério Público Federal. Na avaliação do pedetista, em vez de solucionar o entrave jurídico que “emperra” o andamento das obras do PAC, a CPI se transformaria numa disputa política. “Temos que pensar em soluções. Algumas CPIs até dão resultado, mas a longo prazo. As obras do PAC são emergenciais, até mesmo em função da Copa de 2014. Uma CPI talvez vá priorizar questões partidárias e políticas”, sustenta.

O pedetista defende que o governo do Estado assuma as obras do PAC Pantanal, assim como os deputados Percival Muniz (PPS) e o líder do governo na Casa, Mauro Savi (PR). Eles criticam o governador Blairo Maggi (PR) por ter delegado à prefeitura a missão de executar as obras. “Não era nem para ter entregue as obras à prefeitura”, critica o pedetista.

(12h26) - Da tribuna, deputados exigem que Maggi assuma obras do PAC Pantanal

Na bronca com Maggi desde que o governador “esvaziou” o PPS e migrou com a “turma da botina” para o PR (fusão do PL com o Prona), o deputado Percival Muniz, presidente da executiva regional do PPS, critica o republicano por não querer assumir as obras para evitar processos judiciais e desgastes. “Quem faz as medições das obras do PAC Pantanal é a Sinfra. O Estado deve assumir as obras e anular a delegação que deu à prefeitura para executar as obras. A questão não é entrar em rolo ou não, mas sim de agilizar os trabalhos”.

Apesar de ser o líder do governo na Assembleia, Mauro Savi (PR) também questionou o fato da prefeitura ter assumido as obras. “O que impede o governo do Estado de executar as obras?”, indaga. Ele alerta para o risco de Cuiabá perder os recursos, estimados em R$ 238 milhões, sendo que o Estado entra com a contrapartida de R$ 18,6 milhões. “Só dois coitados continuam presos. Se acontecer mais alguma coisa, Cuiabá vai perder os recursos”.

Outro que cobrou providências de Maggi foi Nilson Santos (PMDB). “Peço oficialmente que o governo do Estado assuma as obras e faça uma licitação decente, como todas que realiza”. Ele questionou as alegações dos prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, Wilson Santos (PSDB) e Murilo Domingos (PR), de que não tinham conhecimento das irregularidades. “Como você toca uma prefeitura e não sabe de nada? As obras em Várzea Grande também precisam ser investigadas, pois o Murilo Domingos não é nenhum santo”, disparou.





Fonte: RD News

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