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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quarta - 19 de Agosto de 2009 às 09:01
Por: Guilherme Maluf

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O crescimento populacional do Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande é visível, vertiginoso e incontestável. As duas grandes cidades do Vale do Rio Cuiabá formam, em consequência, a maior concentração populacional e eleitoral do Estado.

Juntas respondem por cerca de 30% dos habitantes e dos eleitores de Mato Grosso, isto sem acrescentar aos dois macros conjuntos urbanos as respectivas parcelas de população existente nos outros municípios da extensa região, até há pouco tempo denominada de baixada cuiabana.

Nessa área territorial, exceto a capital e Várzea Grande, está também parte dos municípios mato-grossenses com economia estagnada e baixo Índice de Desenvolvimento Humano – IDH. Acredito ser o maior rol de entes municipais a ostentar graves e contundentes mazelas sociais em virtude da inércia econômica. O atraso econômico é, sem dúvida, uma questão preocupante para governantes, políticos e população.

Para a reversão desse quadro é necessário que o governo estadual, na condição de parceiro maior na obrigação de fomentar o crescimento e desenvolvimento seja o principal condutor político e fiscal na indução e disponibilização dos meios e recursos indispensáveis às ações públicas e privadas de investimentos voltadas para alterar a apatia econômica dos municípios da velha baixada cuiabana.

Da mesma forma, os gestores municipais também devem assumir as suas funções titulares ou supletivas de parceiros e agentes de suporte do progresso nas mais diversas áreas produtivas, propondo, cobrando e adotando atitudes políticas e administrativas para aclarar o problema da pobreza e as causas do persistente esvaziamento econômico instalado em seu respectivo município em busca de novas e boas perspectivas econômicas. Isso, ao que me parece representa o começo de uma longa caminhada para a mudança do cruel perfil socioeconômico existente.

Há algum tempo venho na seara política e legislativa propugnando pela criação e instalação de um distrito agroindustrial no município de Santo Antonio de Leverger. São muitas as razões que fundamentam a iniciativa e minha pretensão de beneficiar o tradicional município, berço histórico da industrialização no Estado, visto que abrigou várias usinas produtoras de açúcar, álcool e aguardente nos séculos XIX e XX, às margens do rio Cuiabá, estruturas que ostentavam, à época, considerável grau de modernidade.

No Vale do Rio Cuiabá, sem desmerecer os demais municípios inseridos no cenário da estagnação econômica nenhum outro apresenta mais condições favoráveis do que Santo Antonio de Leverger para receber um distrito agroindustrial e iniciar o processo de recuperação social e econômica que sua gente tanto almeja.

O momento diz que é preciso estar atento às mudanças econômicas. E, se possível, antecipar a disponibilização da infra-estrutura requerida por essas alterações. O propósito é o de buscar, com base nas vocações econômicas, o direcionamento para a fixação de um pólo transformador de matéria-prima nas proximidades do Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande, embrião da futura região metropolitana do Vale do Rio Cuiabá.

Em sintonia com pretendido, assinalo, ainda, que o município de Santo Antonio de Leverger tem inúmeros pontos positivos, que, todavia, carecem ser fortalecidos pelo apoio institucional, político-administrativo, empresarial e da federação classista. Conta em seu favor dispor de malha rodoviária asfaltada; direcionamento e facilidade de conurbação urbana com Cuiabá, processo este em franco desenvolvimento; boas e variadas condições territoriais e naturais; fornecimento seguro de energia elétrica; disponibilidade de mão-de-obra; e a certeza de contar com os trilhos da ferrovia que demanda a capital do Estado.

Certo é que, em qualquer tempo, a implantação de um distrito agroindustrial em Santo Antonio de Leverger, com rigoroso grau de sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, é uma questão importante para o contexto socioeconômico regional.

Contudo, mesmo sendo um precioso instrumento desenvolvimentista não deve e nem será imposto por ninguém. A população local, soberana na sua vontade, mais do que nenhum outro interessado, precisa discutir o assunto e, se achar conveniente, dar o seu aval e apoio à consecução de tal empreendimento, pois, afirmativamente, todos serão beneficiados com a superação da estagnação econômica hoje existente.

Guilherme Maluf – Deputado Estadual (PSDB).





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