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Politica Brasil
Quarta - 19 de Agosto de 2009 às 08:52

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O deputado e apresentador de TV Sérgio Ricardo, primeiro-secretário da Assembleia, continua sendo ignorado dentro do PR, mesmo com a troca da presidência do partido. Com Moisés Sachetti, que integra a turma da botina do governador Blairo Maggi, Sérgio "patinou" tanto com sua pré-candidatura a governador devido à falta de apoio que acabou recuando. Depois, com a chegada do deputado Wellington Fagundes para comandar a maior legenda do Estado, o ex-presidente da Assembleia acreditava que as portas fossem se reabrir, mas encontrou mais obstáculos ainda. Fagundes, sequer, o cita como pré-candidato ao Palácio Paiaguás. Prefere dizer que o grupo governista conta hoje com três virtuais concorrentes a governador e nenhum deles do PR. Como estratégia para "segurar" aliados, ao menos por enquanto, o novo presidente afirma que o PR tende a apoiar Silval Barbosa (PMDB), Jayme Campos (DEM) ou até José Riva (PP).

Sérgio não assume publicamente mas, nos bastidores, tem dito que se sente traído mais uma vez. Ele sequer comparece às reuniões da nova Executiva regional. O deputado começou a mobilizar sua base, concentrada na Baixada Cuiabana, para sair em defesa da pré-candidatura de Riva para o Senado, em detrimento do nome de Fagundes. Seria espécie de "troco" por estar sendo ignorado pelo dirigente do PR.

O partido do governador só não perdeu novos quadros por força da regra pró-fidelidade imposta pelo TSE desde março do ano passado. Hoje, quem ocupa cargo eletivo e opte por mudar de legenda corre risco de perder o mandato. Mesmo com dois anos de fundação, o PR "inchou" e seus líderes brigam por espaço. A tendência é que essa tensão aumente à medida que se aproxima das eleições gerais, quando serão escolhidos dois novos senadores, 8 deputados federais e 24 estaduais, além de governador e presidente da República.

Por enquanto, o PR só tem um pré-candidato majoritário. Trata-se de Fagundes, que sonha com cadeira no Senado, após cinco mandatos de deputado federal e duas derrotas para prefeito de Rondonópolis. Para o Palácio Paiaguás, a legenda de Maggi se mostra dividida, em que pese o governador reforçar o nome do seu vice Silval.

Quanto a Sérgio, mesmo apresentando boa pontuação nas pesquisas de intenção de voto, o processo de "fritura" continua interno e externamente. Não é à-toa que os grupos estão se unindo para levá-lo para o Tribunal de Contas. Seria uma forma de acomodá-lo no cargo vitalício de conselheiro para não incomodar mais as cúpulas, já que trata-se de um político popular e que registra votação cada vez maior, mesmo sendo taxado de populista e demagogo.





Fonte: RD News

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