80% dos cuiabanos sabem das irregularidades do PAC

Oitenta e um por cento dos cuiabanos tomaram conhecido das denúncias de fraudes em obras do PAC. É o que revela uma pesquisa feita pelo instituto Mark na capital Mato-grossense no último sábado (15), cinco dias após a deflagração da Operação Pacenas, que prendeu 11 acusados de ligação com o esquema, entre eles advogados, servidores públicos e empreiteiros. O escândalo ganhou repercussão nacional. O instituto ouviu 617 pessoas em 79 bairros. Perguntados se têm conhecimento sobre as irregularidades nas obras do PAC em Cuiabá, 81,2% das pessoas entrevistadas disseram que sim.

Já 16,9% declararam nada saber sobre o assunto, enquanto 1,9% não soube responder. A margem de erro da pesquisa é de 4% para mais ou menos. Foram entrevistados 298 homens, que representam 48,3% e, 319 mulheres (51,7%). Dos entrevistados, 28,8% têm entre 25 e 34 anos; e 42,2% possuem entre 35 a 59 anos. Outros 6% têm idade acima dos 60 anos e apenas 5% estão na faixa de 16 a 17 anos. A renda familiar de 61,4% das pessoas ouvidas é de até 5 salários mínimos; 28,2% recebem até 10 salários; 3,4% têm renda mensal de 20 salários mínimos e, 2,6%, ganham acima de 20 mínimos.

A pesquisa é um termômetro sobre o impacto que a sucessão de escândalos pode ter sobre a administração Wilson Santos. O tucano é um dos principais pré-candidatos a governador. Segundo a Mark, Santos, apesar do respingo negativo em sua gestão devido a prisões de aliados, como do ex-procurador-geral do Município José Antonio Rosa, lidera em Cuiabá as intenções de voto para o Palácio Paiaguás, com percentuais entre 29% e 38%i.