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Politica Brasil
Segunda - 17 de Agosto de 2009 às 07:52

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O quadro eleitoral rumo à sucessão de 2010, agora sob os efeitos do estrago nas obras do PAC em Cuiabá com a descoberta de irregularidades nos processos licitatórios e até decretação de 11 prisões, tende a levar o prefeito Wilson Santos (PSDB) a recuar da pré-candidatura a governador. Ele não está envolvido no escândalo, mas sua gestão foi atingida em cheio. Em meio a tantas conjecturas, o tucanato já discute a hipótese de lançar o prefeito ao Senado, quando estarão em disputa duas das três vagas reservadas a representatividade de Mato Grosso no Congresso Nacional. Nesse caso, o candidato da oposição ao Palácio Paiaguás seria o senador Jayme Campos, cacique político do DEM (ex-PFL).

Assim, Jayme e Santos, que foram adversários políticos no passado, se juntariam, inclusive sob orientação nacional dos seus partidos. A outra candidatura ao Senado ficaria com o já senador democrata Gilberto Goellner, pré-candidato à reeleição. Já Jayme teria um vice do PSDB cujo nome está sendo debatido internamente. Um dos cogitados seria o ex-vice-governador Rogério Salles, de Rondonópolis. No Nortão, como estratégia para contrapor o nome do provável adversário Silval Barbosa (PMDB), surge o nome do ex-prefeito de Sinop, Nilson Leitão (PSDB), apesar dele próprio resistir porque trabalha pré-candidatura a deputado federal. Na Baixada Cuiabana, o tucanato lança à discussão o nome da deputada federal Thelma de Oliveira, mas esbarra na tal base eleitoral. Acontece que tanto Thelma quanto Jayme reunem a maioria de seus eleitores na Grande Cuiabá.

O desgaste que Santos deve enfrentar de agora para frente, mesmo se tratando hoje do nome que melhor pontua nas pesquisas de intenção de voto na maioria dos municípios mato-grossenses, deve provocar nova mudança no curso das pré-candidaturas majoritárias. Jayme, que já foi governador (91/94) voltou a se animar para entrar na corrida à sucessão do governador Blairo Maggi. Como existe um pré-acordo entre o DEM e o PSDB, no sentido de lançar Jayme ou Santos, tendo como critério quem estiver em melhores condições sobre densidade eleitoral, a sinalização hoje seria pela candidatura do democrata. Se juntaria ao grupo o PTB do vice-prefeito da Capital Chico Galindo.

Chapa governista

Já os governistas se juntariam em torno do nome do vice-governador Silval Barbosa (PMDB). Para contemplar a turma da botina, grupo mais próximo do governador Blairo Maggi, o PR "emplacaria" como vice da chapa o nome do empresário Mauro Mendes, presidente da Federação das Indústrias (Fiemt) e derrotado a prefeito de Cuiabá no ano passado. Essa possibilidade de aliança PMDB/PR, com Silval e Mendes, começa a ser difundida nas bases pelo presidente regional da legenda peemedebista, deputado Carlos Bezerra. Ele já adiantou a correligionários que "seria a chapa ideal" para ajudar o PMDB a reconquistar o Paiaguás. A última vez que o partido conduziu o Estado foi na década de 80, com o próprio Bezerra. O PT se juntaria ao grupo e com direito a lançar um nome ao Senado, seja dentro do projeto de reeleição de Serys Marly, seja com o deputado federal Carlos Abicalil.

Com a formação dos dois grupos, fica como espécie de "fiel da balança" o PP do presidente da Assembleia, José Riva. O partido se mantém no muro. Ora ensaia o nome de Riva para governador, ora para senador. Com Riva estão o deputado federal Pedro Henry e o secretário de Ciência e Tecnologia do governo Maggi, Chico Daltro. Enquanto o quadro eleitoral segue incerto, o PP "namora" com todos, mesmo com a pecha de estar agindo com traição.





Fonte: RD News

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