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Politica Brasil
Sábado - 15 de Agosto de 2009 às 08:35

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O deputado João Malheiros é um dos seis integrantes da bancada do PR na Assembleia que, no desespero pela reeleição, passaram a pedir ajuda política e apoio logístico ao Palácio Paiaguás. Como o governador Blairo Maggi não tem feito concessões quanto a recursos financeiros para bancar campanha, a estratégia dos republicanos para tentar tirar proveito político do fato de serem aliados é o uso eleitoral das emendas parlamentares. Cada deputado tem direito a apresentar projetos e propostas no máximo de R$ 2 milhões, especialmente na área de infraestrutura.

Com a execução de obras pelo Estado a partir de suas indicações, eles aproveitam para, em moeda de trocar, pedirem apoio a representantes políticos dos municípios contemplados. Um dos pleitos de Malheiros é no sentido do governador contribuir mais com os republicanos a partir de uma manobra, usando o líder do Executivo na AL, deputado Mauro Savi. Ao invés de Savi ser contemplado com R$ 4 milhões em emendas como vem acontecendo anualmente, o montante subiria para R$ 5 milhões. Assim, o interlocutor definiria o destino de R$ 2 milhões que lhe são de direito e os outros R$ 3 milhões seriam "rateados" em projetos aos deputados do PR. Savi é atendido hoje pelo Executivo com duas emendas mas, em verdade, "executa" uma porque o valor da outra serve de trunfo para atender aqueles parlamentares que costumam colocar a "faca no pescoço do governo".

Além de Malheiros, a bancada republicana é composta hoje por Wagner Ramos, Sérgio Ricardo, Savi, Jota Barreto e Sebastião Rezende. Todos buscam à reeleição, com exceção de Savi, pré-candidato a deputado federal. Eles reclamam de Maggi para quem, mesmo como principal "estrela" do PR no Estado, não demonstra o mínimo interesse em reforçá-los às eleições gerais de 2010.

Malheiros é o mais "chorão". Sua principal base eleitoral se concentra em Cuiabá. É de família tradicional. Ele foi vereador e presidente da Câmara. Está no segundo mandato de deputado. Em 2007, para deixar AL e contribuir para com o esquema de rodízio com suplentes da coligação, encontrou abrigo no governo Maggi, que o nomeou como secretário-chefe da Casa Civil. No ano passado, Malheiros, já pensando em contar com cabos eleitorais no futuro, entrou para valer nas campanhas municipais e "elegeu" três prefeitos, sendo eles Clovis Cardoso (Poconé), Altino Vieira (Campinápolis) e Gerson Rosa de Moraes (Pontal do Araguaia), além de ter contribuído para a vitória de 50 vereadores, entre eles o sobrinho Clovis Hugueney, o Clovito (PTB), em Cuiabá. Agora, vai cobrar a "fatura eleitoral".





Fonte: RD News

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