A exemplo de Santos, Murilo deve anular licitações do PAC
O secretário de Comunicação de Várzea Grande, Jeverson Missias, disse nesta sexta (14) que o prefeito Murilo Domingos (PR) poderá anular as licitações das obras do PAC no município devido às fraudes constatadas pela Polícia Federal e denunciadas pelo MPF, a exemplo do que aconteceu em Cuiabá, onde o prefeito Wilson Santos (PSDB) anunciou que já determinou a anulação das licitações do 7 lotes do PAC. “Vamos fazer o que for necessário para garantir esse recurso. Não podemos perder a verba e se for necessário cancelar os procedimentos o prefeito fará isso”, admitiu.
Ele avaliou, porém, que é cedo para cogitar a possibilidade de abrir processo administrativo contra o presidente da Comissão de Licitação de Várzea Grande, Milton Pereira Moreira, e a auxiliar do órgão, Jaqueline Favetti. “Temos que esperar as investigações serem concluídas. Qualquer manifestação sobre esse assunto pode ser especulação infundada”, ponderou. Ele reconheceu, porém, que os servidores devem ser exonerados caso seja comprovado o envolvimento no suposto esquema. “É claro que há a possibilidade de tomarmos medidas internas se ficar provado que eles participaram de coisa ilícita. Mas prefiro não fazer pré-julgamentos”.
A expectativa é que Murilo se reúna com o procurador da República, Mario Lúcio Avelar, na segunda (17). “O prefeito está buscando uma solução rápida para que não haja atraso nas obras”, garantiu Missias. As obras do PAC em Várzea Grande estão orçadas em R$ 156 milhões. Desse montante, a prefeitura é responsável pela contrapartida de R$ 20 milhões.
O curioso é que boa parte das obras no município são tocadas pela Lumen, construtora do Grupo Dismafe, única empresa do Consórcio Cuiabano a não ter os donos detidos na Operação Pacenas, da Polícia Federal. A Lumen é de propriedade dos irmãos Luiz Carlos e Luiz Antônio Miranda, o Toninho, que prestou depoimento na PF na segunda e depois foi liberado.
Comentários