Governador diz apoiar Dilma e insinua retorno em 2014
Perguntado sobre seria candidato a vice-presidente da República numa eventual chapa encabeçada pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, Maggi deixou claro que não tem essa pretensão. "Vou deixar um pouco a política de lado e me dedicar aos meus negócios, aos meus planos". Em seguida, comentou, em tom de brincadeira: "quero conseguir minhas hidroelétricas". O governador acabou abrindo brecha para comentário complementar da apresentadora Miriam Leitão, para quem ao menos não haveria interferência política nesse caso, já que Maggi estaria fora do cargo de governador. Detalhe: o Grupo Amaggi já é dono de várias hidrelétricas no Estado.
Maggi se declarou um político sem ambição e adiantou que vai se dedicar à campanha presidencial da petista Dilma no pleito de 2010. "Não tenho interesse em ser presidente e vou me empenhar no máximo pela eleição da Dilma", destaca o governador, que foi um dos opositores à gestão Lula e hoje é tido como forte aliado. Enfatizou que nunca pensou em seguir carreira política. "Eu nunca trabalhei para ser governador de Mato Grosso. Simplesmente, em um belo dia um grupo político foi me buscar em casa para eu disputar as eleições", relembra Maggi, numa referência ao pleito de 2002, quando estava no PPS e entrou na campanha a 90 dias das eleições e venceu no primeiro turno.
Questionado sobre divergências com a ex-ministra do Meio Ambiente, senador Marina Silva (PT/AC), Maggi voltou a criticar o que chama de posicionamento ideológico da petista. "Nós tivemos diferenças. Não se pode ter ideologias quando o assunto é desenvolvimento". Faz espécie de um comparativo, ao dizer que Marina segue convicta dos posicionamentos dela, enquanto ele (Maggi) mudou opiniões e conceitos sobre questões ambientais. "A gente não pode ser topeira e a vida inteira e sempre achar que aquele caminho é o correto".
Blairo Maggi aproveitou para fazer autopromoção das ações do seu governo, que está no sétimo e penúltimo ano. Disse, por exemplo, que vai deixar o Palácio Paiaguás com mais de 70 mil casas populares construídas, uma reforma em todas as escolas públicas do Estado e ainda mais de 4 mil km de estradas asfaltadas.
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