Maggi concede moratória do gado para combater desmate
O governador explica que a decisão não é compulsória, mas as empresas que não aderirem podem perder oportunidades de negócios. Para a medida funcionar, o governo mato-grossense vai usar imagens de satélites, inicialmente destinadas a monitorar a expansão da soja, para mapear a pecuária. Os frigoríficos então poderão identificar fazendas com áreas recém-desmatadas, evitando comprar gado de lá. "A moratória da soja funcionou tão bem que convoquei alguns frigoríficos para fazerem algo similar", argumenta Maggi, em São Paulo, onde ministrou uma palestra.
Sua decisão surge pouco depois da Ong Greenpeace divulgar um relatório que apontou a pecuária como a que mais "alimenta" a destruição da Amazônia. Segundo o Greenpeace, grande parte da carne exportada pelo Brasil vêm de fazendas onde há desmatamento ilegal recente. Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do país e uma das maiores taxas de desmatamento da Amazônia. "Cerca de 25 milhões de hectares, ou 26% do nosso território, é usado para a pecuária. É uma pecuária extensiva, quase uma tragédia, um animal por hectare", pondera Maggi, que pretende adotar medidas para que o Estado adote a pecuária intensiva.
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