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Politica Brasil
Sábado - 08 de Agosto de 2009 às 14:33
Por: Patrícia Sanches

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O petebista Clóvis Hugueney Neto (PTB), o Clovito, primeiro-secretário da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá, apresentou novo pedido de licença, agora por mais quatro meses. Assim, deve ficar afastado até dezembro. O suplente Júlio Pinheiro, do mesmo partido, comemora a permanência na cadeira de vereador. “Eu não consegui fazer todos os exames e, por isso, pedi nova licença, mas não há ônus à Câmara porque abri mão do meu salário”, garantiu o licenciado, em entrevista ao RDNews neste sábado. O pedido de novo afastamento foi votado no final da sessão ordinária desta quinta (6), que cassou o vereador Ralf Leite (PRTB) e instaurou Comissão Processante contra o ex-presidente do Legislativo, Lutero Ponce (PMDB). A sessão durou mais de seis horas.

"Minhas veias estão rasgando e eu preciso me cuidar”

“Vou para São Paulo no próximo dia 25 fazer tomografias. As minhas veias estão rasgando e eu preciso me cuidar”, argumenta o parlamentar, que já foi submetido a 32 cirurgias, três transplantes de rins, cirurgias cardíacas, além de ter feito oito anos de hemodiálise. O petebista garante que, durante o período em que está afastado da Câmara, recebe somente a aposentadoria de R$ 2,6 mil pelo Instituto de Previdência dos Servidores da Capital (Cuiabá-Prev). Clovito foi contemplado com o benefício após ser constada invalidez, à época em que era assessor do tio João Malheiros, ex-presidente da Câmara em 2003. Perguntado sobre o subsídio de R$ 9,2 mil, referente ao salário de vereador, garante que "não pegou centavo algum."

Vereador de segundo mandato, Clovito foi reeleito no ano passado com 4.977 votos. Ele é o primeiro-secretário, segundo cargo mais importante da Mesa Diretora, já que, em tese, é ordenador de despesas do duodécimo mensal de R$ 1,6 milhão. Até agora, o petebista atuou apenas em dois dos seis meses desta 17ª Legislatura. “Vou esperar o médico dizer se posso retomar as minhas atividades. Se ele me liberar, devo voltar à Câmara antes do final dessa nova licença”.

Pela cassação

Na ótica do parlamentar, a decisão do Legislativo em cassar o mandato de Ralf foi a mais acertada. Observa que, se a sessão tivesse sido fechada para votar o relatório, o vereador do PRTB poderia até ter salvado o mandato. Ainda vê risco de Ralf reassumir o posto por causa de brecha jurídica. “Caso o pedido tivesse sido votado em sessão fechada, não sei qual seria o resultado, mas, dificilmente ele permaneceria na Câmara”, avalia. Para Clovito, está na hora da Câmara trabalhar e deixar um pouco de lado os escândalos e polêmicas. “Ninguém está fiscalizando a prefeitura, as obras do PAC, o mal funcionamento do Pronto-Socorro. Precisamos começar a trabalhar”.





Fonte: RD News

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