Ralf Leite foi vítima de uma injustiça, afirma Lutero
O único vereador a votar contra a cassação do ex-vereador Ralf Leite (PRTB), Lutero Ponce afirmou, em entrevista ao MidiaNews, que seu voto foi pautado na apresentação da defesa de Ralf, que mostrou que havia muitas controvérsias no processo que resultou na punição. Ele justificou que tinha dúvidas sobre a maneira como seriam conduzids os trabalhos da Comissão de Ética da Câmara Municipal.
O ex-vereador foi acusado de quebra de decoro parlamentar, após usar a prerrogativa de vereador para intimidar os policiais militares que o flagraram praticando ato libidinoso com um travesti de 17 anos. O fato aconteceu em 6 de fevereiro deste ano, na região do Posto Zero Km, em Várzea Grande.
"Votei contra [a cassação], pois, no meu entendimento, houve muitos erros na maneira como foram conduzidos os trabalhos da Comissão de Ética. Não acho justo tirar um mandato de uma pessoa, em um caso que restam muitas dúvidas. Estou com minha consciência tranquila e não ia carregar a cruz de votar em uma pessoa que respondia por um processo e foi condenada por outro", observou o ex-presidente da Câmara.
Lutero destacou que não teve intenção de beneficiar o parlamentar. Segundo ele, Ralf foi condenado por ter agredido a namorada, e não por ter saído com um travesti. Além disso, disse entender que a votação ocorreu de forma errada, uma vez que feriu a Constituição Federal.
"O que agravou a situação foi o fato de ele ter batido na namorada. Mas, todos sabíamos que ele estava sendo processado por ter saído com travesti. Antes da agressão, o parecer da Comissão era de seis meses de suspensão e, depois, a punição passou a ser perda de mandato. Ralf, na hora de se justificar frente aos policiais, falou muita besteira. Faltou maturidade", explicou Lutero.
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