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Juiz condena 10 ‘sanguessugas’
O juiz da 2ª Vara Federal em Mato Grosso, Jeferson Schneider, condenou os 10 primeiros réus do escândalo conhecido como a "máfia das sanguessugas". O esquema fraudou licitações que movimentaram R$ 110 milhões entre 2001 e 2006 e resultou no indiciamento de 71 dos 141 prefeitos e ex-prefeitos do Estado.
De acordo com a Justiça Federal, os primeiros réus foram condenados à prisão por períodos que variam de um a quatro anos, mas as penas de restrição de liberdade foram substituídas por penas alternativas de prestação de serviços, pagamentos pecuniários e multa por danos morais à União que varia de R$ 12 mil a R$ 30 mil. Todos são assessores ou colaboradores de parlamentares.
Ao todo, Schneider já proferiu 17 sentenças, sendo que cabe recurso e ainda houve quatro absolvições e uma denúncia (contra Manoel Farias) foi rejeitada. Outros dois julgamentos não tiveram os resultados divulgados. Foram absolvidos os assessores parlamentares Tabajara Montezuma Carvalho (que trabalhava como motorista da empresa Planan) e Enir Rodrigues de Jesus (conhecido como "Rodrigo do chip"), além de Diego de Oliveira Trevisan e Francisco Rodrigues Pereira.
De acordo com o Ministério Público Federal, a máfia das sanguessugas agia em três fases. A primeira consistia na confecção de emendas parlamentares para aquisição de ambulâncias compradas junto à empresa cuiabana Planam e outras ligadas à família Vedoin. A segunda etapa correspondia à execução orçamentária, quando eram confeccionados os pré-projetos e projetos que formalizavam os convênios com municípios. A terceira fase correspondia à liberação do dinheiro que era distribuído entre parlamentares, prefeitos e membros das comissões de licitação.
A máfia dos sanguessugas ficou conhecida em 4 de maio de 2006, quando a Polícia Federal deflagrou operação em Mato Grosso, Paraná, Amapá, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Acre e Amapá. Na ocasião, foram presos parlamentares e assessores responsáveis por grande parte das fraudes em licitações para aquisição de ambulâncias com preço superfaturado e que eram vendidas pela Planam e outras empresas ligadas à família dos empresários Darci e Luiz Antônio Trevisan Vedoin. O esquema que ficou conhecido também como máfia das ambulâncias só dava certo com a interferência de congressistas de vários estados.
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