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Politica Brasil
Quarta - 05 de Agosto de 2009 às 17:55

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Aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), entraram em campo nesta quarta-feira para blindar o peemedebista e evitar que os senadores contrários à sua permanência no cargo fizessem um debate em plenário depois que Sarney discursou por mais de meia hora --com as explicações sobre as denúncias que provocaram a crise política na Casa.

A maioria dos líderes partidários da base aliada governista preferiu transferir o debate para o Conselho de Ética da Casa, que vai analisar as denúncias contra Sarney.

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"Quero lembrar a Casa que temos uma reunião do Conselho de Ética marcada para logo mais. É lá o foro correto para discutir essas questões. É lá que vai haver o julgamento político desses pontos que foram tocados pelo presidente Sarney. O mais correto é que o conselho se posicione", disse o senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Assim como Renan, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) também defendeu a transferência dos debates para o conselho. "O Conselho de Ética foi eleito por nós, é ele a instância adequada para julgar o presidente", disse.

O líder do PT, senador Aloizio Mercadante (SP), defendeu o debate em plenário apoiado por senadores da oposição --como Arthur Virgílio (PSDB-AM).

"Essa Casa é feita de debates políticos. É importante que cada líder se posicione. Foi um discurso importante e fará toda a diferença se cada um dos senadores apresente suas impressões", afirmou Mercadante.

Apesar dos apelos de senadores que defendem a licença de Sarney do cargo, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que presidia a sessão enquanto Sarney discursou, decidiu transferir os debates sobre a crise para o Conselho de Ética. Sarney acompanhou o impasse ao lado de Perillo, na tribuna da Casa.

Licença

Depois do discurso de Sarney, líderes partidários fizeram rápidos pronunciamentos para defender o seu afastamento temporário da presidência do Senado.

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que o PSDB e o DEM já assinaram nota articulada por cinco partidos (DEM, PSDB, PT, PSB e PDT) com a sugestão para que Sarney se licencie do cargo até que as denúncias contra o peemedebista sejam julgadas pelo conselho.

Na opinião de Mercadante, Sarney poderá se defender das denúncias se deixar o cargo por alguns dias. "A licença dá direito à defesa. A renúncia não. Nós mantemos a nossa posição de licença, mas iremos ao Conselho de Ética muito atentos para analisar cada um dos argumentos da defesa e cada um dos argumentos das representações que foram feitas. Temos que ter critérios, aprofundar o debate", disse o petista.





Fonte: Folha Online

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