MT ocupa 2º lugar no ranking do desmatamento

Mato Grosso ocupou o 2º lugar do país em desmatamento no mês de junho, conforme relatório divulgado nesta terça-feira (4) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nesse período, o Estado perdeu 181 km2 de floresta, ficando atrás apenas do Pará, que desmatou 330 km2. No total, foram desmatados 578 km2 na região da Amazônia Legal. Os dados foram levantados pelo sistema de alerta Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter).

Metade da floresta perdida em Mato Grosso em junho, cerca de 90 km2, estava dentro da Terra Indígena Marawatsede, segundo observou o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Salatiel Alves de Araújo. Semana passada, operação deflagrada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificou 2 grandes fazendas dentro da área indígena, em plena atividade de produção agrícola.

A outra parte desmatada, conforme Salatiel, é de polígonos que variam de 1 a 9 hectares. "São números extremamente baixos se comparados a anos anteriores".

Ele também informa que, dos 181 km2 desmatados, cerca de 60% são de corte raso (completa retirada da floresta nativa) e outros 40% de degradação progressiva, situação que ainda não é totalmente explicada por cientistas que atuam na área, já que muitas vezes essa degradação não é causada pelo homem.

De acordo com o Inpe, os dados do Deter não representam uma avaliação fiel do desmatamento mensal da Amazônia, já que algumas variáveis, como a cobertura de nuvens, pode interferir na resolução das imagens. O Deter mostra apenas tendências do desmatamento.

Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos maiores que 25 hectares são identificados pelo sistema.