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Politica Brasil
Terça - 04 de Agosto de 2009 às 13:36
Por: Patrícia Sanches

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Sonhando em ser presidente da Câmara de Cuiabá daqui a dois anos, quando encerra o mandato de Deucimar Silva (PP), o pedetista Adevair Cabral, primeiro vice-presidente da Mesa Diretora e membro da Comissão de Ética que pede a cassação do vereador Ralf Leite (PRTB), se rendeu a “oferta” feita pelo grupo do ex-presidente da Câmara, Lutero Ponce (PMDB), que para cooptar votos assegurou a Cabral que o grupo o elegerá presidente do Legislativo em 2011. Após ter seu ego satisfeito, o pedetista teria mudado de lado e agora engrossa a lista dos membros da “operação abafa”, que nesta quinta (6) “enterrará” os pedidos de abertura de Comissão Processante contra Lutero, acusado de causar um rombo superior a R$ 7,5 milhões ao erário, e de Ralf que responde pelo crime de quebra de decoro parlamentar.

Liderado por Ralf e Lutero, o grupo que já conta com o apoio da tucana Lueci Ramos (PSDB), amiga do peemedebista, não está poupando “munições” e já ameaçou até mesmo o prefeito Wilson Santos (PSDB). O grupo mandou avisar que se o PSDB não votar em bloco pela manutenção dos mandatos de Lutero e Ralf, ao menos 8 vereadores que compõem a base aliada que dá sustentação a sua administração vão “mudar de lado”. Em resposta ao grupo, Santos teria dito para que o PSDB vote pela abertura de Comissão Processante e cassação do vereador do PRTB. Entretanto, a decisão final será tomada apenas na tarde desta terça (4), durante reunião dos quatro vereadores que compõem a bancada do PSDB, Lueci, Antônio Fernandes, Roosivelt Coelho e Paulo Borges, com o presidente municipal da sigla Ussiel Tavares.

Sessão

O clima do Legislativo durante a primeira sessão após o recesso parlamentar não foi nada agradável. Todos os 19 vereadores passaram a maior parte do tempo “cochichando” pelos cantos. Por volta das 10h, a sessão foi interrompida para uma reunião a portas fechadas, que durou quase 1 hora. Lá dentro, Ralf Leite defendeu que a votação do relatório da Comissão de Ética que pede a sua cassação seja secreta. O pedido do parlamentar foi sustentado pelo grupo da turma do “abafa”, que não quer sofrer desgaste perante a sociedade, que exige uma punição mais severa a Ralf e, por isso, utiliza brechas jurídicas para forçar a Mesa Diretora a optar pela votação secreta. “Temos que votar pela legalidade e, por isso, a sessão tem que ser fechada”, defendeu da tribuna Adevair Cabral, que adiantou a pretensão de se licenciar por 4 meses para tratar de assuntos pessoais. O afastamento passa a valer a partir da próxima terça (11), quando o professor Sérgio Cintra (PDT) assume a cadeira.

O clima estava tão tenso que Deucimar perdeu a paciência e, ironizando, pediu para Ralf adiantar a agenda do pedetista. “Pode falar vereador Ralf Leite, o senhor sabe quando Adevair vai tirar licença? É só isso que quero saber”. Em verdade, a única possibilidade do “acordo” ser quebrado e Ralf entrar para a história como o primeiro vereador de Cuiabá a ser cassado, é se a votação for aberta e houver forte pressão popular. Caso contrário, todas as representações serão arquivadas.





Fonte: RD News

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