Revista Veja reconhece que errou contra Bezerra
A revista Veja, que começa a circular hoje (03), concedeu direito de resposta ao deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), por tê-lo incluído equivocadamente em reportagem da semana passada como parlamentar “que responde a processo no Supremo Tribunal Federal por peculato e corrupção”.
À página 42, Veja publica, na íntegra, resposta do deputado Carlos Bezerra, transcrita a seguir: “Com relação à reportagem ‘A digestão do poder’, publicada na edição 2123, venho informar que houve um equívoco de Veja ao citar o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), como parlamentar que ‘responde a processo no Supremo por peculato e corrupção’.
A informação precisa ser reparada, porque sequer houve processo em julgado. Na verdade, foi instaurado inquérito perante a Justiça Federal de Mato Grosso, para se apurar crimes que teriam sido cometidos no caso conhecido como “sanguessugas”, e seus possíveis autores.
O inquérito policial foi remetido à Procuradoria Geral da República, sendo que o procurador Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, após a análise e pesquisa, concluiu que o deputado Carlos Bezerra não cometeu crime de nenhuma natureza, já que inexistem nos autos da investigação criminal elementos que justifiquem o oferecimento da denúncia. E por não configurar o seu comportamento ilícito penal, mediante decisão fundamentada, e por absoluta falta de provas, pediu a exclusão do deputado Carlos Bezerra do referido inquérito.
Assim, o inquérito foi encaminhado à então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, que, acolhendo o substancioso parecer do procurador da República, excluiu o deputado Carlos Bezerra do inquérito policial e, por conseguinte, não foi instaurado contra o mesmo ação penal de nenhuma natureza, determinando pelo seu arquivamento.
Trecho do parecer do Procurador Geral da República, que orientou a decisão do STF: “Após a devida análise do material angariado, posso concluir que os elementos de convicção colhidos no curso da apuração não são suficientes para formulação de imputação criminal contra o deputado federal Carlos Gomes Bezerra”.
Diante do esclarecimento, venho solicitar que na próxima edição seja reparado o equívoco, sendo assim garantido o princípio do direito de resposta e para que prevaleça a verdade dos fatos. Junto à nota de resposta, o deputado Bezerra enviou à revista cópia do parecer da ministra Ellen Gracie.
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