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Meio Ambiente
Sexta - 31 de Julho de 2009 às 13:52
Por: Roberto do Nascimento

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Os edifícios são responsáveis por cerca de 30% das emissões de gases que provocam o aquecimento global. A indústria do cimento responde por outros 12%. Segundo as Nações Unidas, se este setor não controlar emissões gases-estufa, as metas globais de redução não serão alcançadas. Sustainable Buildings & Construction Iniciative (SBCI) e United Nations Environment Programme (Unep) para edificação e construção sustentável, sob a coordenação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e em parceria com a Universidade da Europa Central (CEU), realizou um levantamento de dados mundial sobre políticas púbicas, que apresenta soluções ecoeficientes para o setor de construção civil.

O levantamento resultou no relatório Avaliação de Políticas Públicas para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa em Edificações, que será lançado este mês no Brasil em parceria com o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) durante a segunda edição do Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, em São Paulo, informa a assessoria do evento.

O estudo é parte do quarto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apresentado em 2007, que aborda questões como o consumo de energia e substituição de combustível fóssil por energia renovável, entre outras. O relatório leva em consideração as políticas que privilegiam a eficiência energética ou redução do consumo de energia e, desta forma, atenuam as emissões de GEE. E nos edifícios estão as melhores oportunidades de redução dos gases de efeito estufa por meio da redução de energia, se comparado as outras iniciativas.

"A leitura do relatório é recomendada a todos os profissionais da construção civil, para que a sociedade entenda as oportunidades e a importância da construção sustentável e as relação que todos nós temos com o setor. E esta é a nossa missão: capacitar pessoas para que possam auxiliar no processo de busca por resultados socioambientalmente corretos", diz Marcelo Takaoka, membro do conselho do CBCS e do SBCI.

O relatório traz políticas já aprovadas para melhorar a eficiência energética de edifícios, que incluem resultados baseados em instrumentos regulatórios, como códigos de edificações e normas de eficiência energética de edifícios; instrumentos econômicos como aquisição cooperativa; medidas fiscais como impostos e subsídios de energia; e instrumentos voluntários e/ou informativos como o programa de etiquetagem voluntária de eletrodomésticos ou de edifícios comerciais de serviços e públicos, lançado no País este ano.

"Quando se trata de ações de políticas públicas, estas podem ser medidas e aplicadas de maneiras diferentes, como os códigos de edificações que reduzem o consumo de energia de novas moradias nos EUA em aproximadamente 30%, ou os padrões de eficiência energética de eletrodomésticos da Tailândia, que obtiveram os resultados mais bem-sucedidos para refrigeradores; no entanto, esses são exemplos de políticas que não obtiveram bons resultados quando adaptadas em outros países, o que faz com que os atores deste cenário estejam sempre em busca de inovações para a sustentabilidade", esclarece Vanessa Gomes, coordenadora do Comitê Temático de Avaliação de Sustentabilidade CBCS.

Encontro - O 2º Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, que será realizado dia 24 em São Paulo, busca apontar alternativas ecoeficientes para a cadeia produtiva e de consumo que envolva o setor da construção civil. Novas tecnologias na construção também serão propostas.





Fonte: DiárioNet

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