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Politica Brasil
Quinta - 30 de Julho de 2009 às 08:22

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Mesmo já tendo lançado pré-candidatura e, depois, desistido, o nome de Luiz Antonio Pagot (PR) se tornou a única carta na manga da turma da botina para a disputa a governador. A estratégia é deixá-lo fora do páreo até abril do próximo ano, uma forma de não ser bombardeado de críticas e evitar desgaste político, como aconteceu da primeira vez do lançamento prematuro do seu projeto majoritário. Principal referência política do PR, o governador Blairo Maggi voltou a conversar com o seu afilhado político e hoje diretor-geral do Dnit em Brasília sobre a possibilidade de retomar a pré-candidatura. Apesar de negar publicamente, Pagot se mostrou entusiasmado com a proposta.

Para não contrariar o seu vice-governador Silval Barbosa (PMDB), a quem diz apoiar na corrida sucessória, Maggi manterá o discurso de que continua firme com o peemedebista, mas ressaltando que este precisa se viabilizar em todos os aspectos. No fundo, lança ou se mostra conivente com emissários, que já entraram no chamado fogo amigo. Enquanto Maggi declara que seu candidato é Silval, a sua esposa, primeira-dama e secretária Terezinha Maggi, defende o nome do empresário Mauro Mendes para o Paiaguás. O pecuarista e prefeito de Água Boa Maurício Tonhá, o Maurição, também do mesmo grupo, reforça o nome de Mendes e se empolga ainda mais quando se refere a Pagot. Mendes já está descartado, inclusive ele próprio avisa que seu projeto é concorrer a prefeito da Capital de novo em 2012.

A turma da botina, que comanda o Estado desde janeiro de 2003, não fechou integralmente em torno do nome de Silval. Ao mesmo tempo, não conta com candidatura a governador e vive batendo-cabeça. A exemplo de outras eleições, Maggi, prefere dar tempo ao tempo. Em 2002, ele entrou na disputa para governador a 90 dias das eleições. Antes, havia ensaiado, assim como aconteceu com Pagot no início deste ano, e, depois recuou. Adilton Sachetti, que integra o grupo de Maggi, também aceitou ser candidato a prefeito de Rondonópolis, em 2004, de última hora. No ano passado, em Cuiabá, o governador lançou Mauro Mendes para prefeito, também a poucos dias das eleições.

A estratégia tende a se repetir para 2010 na corrida pelo Palácio Paiaguás, com Pagot, tanto que a turma da botina já começou a fritar a pré-candidatura de Silval. É tudo jogada para tentar inviabilizá-lo e, ao final, se juntar ao nome do diretor-geral do Dnit. Trata-se de um executivo que foi considerado trator do governo Maggi enquanto secretário de Infraestrutura, da Casa Civil e de Educação. Depois, assumiu o cobiçado cargo de diretor-geral do Dnit, que detém um orçamento anual superior a R$ 10 bilhões, fora as fatias milionárias relacionadas às obras do PAC.

Reviravolta

Uma eventual retomada da candidatura de Pagot provocaria reviravolta no próprio PR. O deputado federal Wellington Fagundes, novo presidente regional do partido, certamente desistiria do projeto ao Senado. Acontece que, mesmo se tratando da maior sigla do Estado, teria dificuldades nas composições políticas e na busca da ampliação do arco de alianças se lançar dois candidatos majoritários. Enquanto o cenário permanece no campo das conjecturas, principalmente na arena da turma da botina, a oposição começa a se organizar em torno do nome do prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB), com o senador Jayme Campos (DEM) correndo por fora.





Fonte: RD News

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