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Meio Ambiente
Quarta - 29 de Julho de 2009 às 07:39
Por: Dana Campos

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Desde o início do período proibitivo para uso do fogo, Estado registrou 280 ocorrências, ocupando o topo da lista dos que mais queimam

Em 13 dias após o início do período proibitivo de queimadas, Mato Grosso já é o estado que registrou maior incidência de focos de calor do Brasil. Dados do satélite NOAA-15 (noite), utilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontaram que, do dia 15 deste mês até ontem, foram 280 registros no Estado. Os outros quatro recordistas em queimadas no período foram Pará (98), Minas Gerais (96), Bahia (51) e Rondônia (18). O período proibitivo de queimadas encerra no dia 15 de outubro.

“Ainda não estamos no período crítico. A nossa série histórica aponta que a partir da segunda quinzena de agosto que as queimadas avançam”, disse o superintendente da Defesa Civil do Estado, major Agnaldo Pereira de Souza.

Conforme Pereira, este ano a meta é reduzir em 30% o índice de queimadas no Estado, em relação ao mesmo período proibitivo de 2008. O que, segundo ele, representaria uma queda de aproximadamente 95%, já que, de 2007 para 2008, houve uma redução em 65% no índice de queimadas no Estado durante o período de proibição. “A gente tem essa meta, mas nosso conhecimento técnico diz que será bastante difícil. Se igualarmos com o índice do ano passado já será uma vitória”, considerou Pereira.

De acordo com o coordenador estadual do Preve Fogo – setor do Ibama de combate às queimadas criminosas -, Cendi Ribas Berni, Nova Ubiratan (442 focos), Nova Maringá (145) e Gaúcha do Norte (129) foram os municípios que mais acumularam focos de calor neste ano. Desde o início do período de proibição de queimadas registraram nove, 14 e u, respectivamente.

Para médicos que atendem na Capital, esses dados são preocupantes, especialmente porque resultam diretamente no aumento da demanda de casos de doenças respiratórias, pois a fumaça das queimadas, associada aos gases tóxicos, eliminados principalmente pelos veículos, e à baixa umidade do ar (URA) se torna o maior causador de complicações respiratórias e doenças como, bronquite, asma e até mesmo pneumonia. Ontem mesmo, conforme dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudo Climáticos (Cptec), às 14 horas, a URA na Capital estava na casa dos 28%, índice bem abaixo do considerado ideal à população (60%).

Conforme o pediatra Nelson Rangel, que atende em um hospital particular em Cuiabá, de maio até a primeira quinzena deste mês houve um aumento de 20% nos casos de doenças respiratórias. Nesse mesmo período, as policlínicas da Capital registraram um aumento de quase 30% nos casos de doenças do tipo, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. “Isso, sem considerar o surto de febre e infecção respiratória registrado no período em que havia a alta umidade do ar”.





Fonte: Diário de Cuiabá

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