Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Terça - 28 de Julho de 2009 às 19:28
Por: Keila Santana/Direto de Brasíl

    Imprimir


O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), protocolou três representações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), no Conselho de Ética da Casa. O partido alega que Sarney praticou "atos incompatíveis com a ética e o decoro parlamentar". Segundo Guerra, a decisão de compilar três representações obedeceu a critérios técnicos para que as denúncias sejam melhores embasadas juridicamente.

Os três documentos foram protocolados na secretaria do Conselho de Ética e pedem apuração do suposto envolvimento do presidente do Senado na edição dos atos secretos, incluindo as gravações da Polícia Federal com a voz do senador Sarney negociando a contratação do namorado da neta; na suposta facilitação à empresa do neto José Adriano Cordeiro Sarney para operar no sistema de crédito consignado da Casa; e na acusação de supostamente mentir ao Plenário sobre a responsabilidade administrativa da Fundação José Sarney.

"O que nós desejamos é que o Conselho de Ética funcione sem tropas de choque e sem pré-julgamentos. Só temos saída para essa crise se o regimento for cumprido e essas denúncias caminhem no Conselho de Ética", disse Guerra. O PSDB havia afirmado anteriormente que entraria com quatro representações. O Psol já havia protocolado uma representação no Conselho.

Sérgio Guerra negou que tenha recebido ameaças de retaliação do líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL). Calheiros teria indicado que também poderia entrar com representação contra o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), pelo episódio em que o tucano recebeu dinheiro do ex-diretor-geral Agaciel Maia para pagar uma conta de hotel em Paris. Agaciel deixou o cargo após ser acusado de não declarar uma mansão avaliada em R$ 5 milhões. Ele também é apontado como principal responsável pela edição dos atos secretos.

"Se o líder Renan promover ameaças ou retaliações ele estará equivocado. Ameaças não valem nada, não ameaçamos ninguém e não aceitamos isso", disse Guerra.

O senador Arthur Virgílio, no início da crise, explicou que não sabia que o dinheiro teria vindo de Agaciel Maia, já que pediu socorro financeiro de emergência a um amigo. "O líder Arthur Virgílio faz questão que os fatos que dizem respeito a ele sejam apurados no Conselho de Ética", afirmou Sérgio Guerra.





Fonte: Especial para Terra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/156497/visualizar/