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Politica Brasil
Terça - 28 de Julho de 2009 às 08:35

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Sem alarde, José Aparecido dos Santos, o Cidinho, se tornou o mais novo integrante da turma da botina, se aproximou de tal modo do Palácio Paiaguás que virou compadre e secretário do governador Blairo Maggi e ocupa hoje dois postos na administração estadual que ajuda na construção de sua pré-candidatura a deputado estadual, o de secretário de Projetos Estratégicos e de presidente do MT Regional, que cuida das cadeias produtivas e administra as 21 patrulhas rodoviárias que executam serviços nos municípios em parceria com as prefeituras, além da gestão dos consórcios intermunicipais.

O espaço no governo se escancarou de tal modo para Cidinho, tido como exímio articulador político, que sua atuação vem provocando reviravolta entre os deputados. Eles acusam-no de tirar proveito político do cargo. No fundo, há uma "pontinha" de ciúmes. Sabem que o ex-presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) se tornou um concorrente a mais na briga por cadeira na Assembleia. Dos 24 deputados, somente dois não vão à reeleição, sendo eles José Riva (PP), que sonha com o Senado, e Mauro Savi (PR), que trabalha projeto para deputado federal. São esses que buscam a reeleição que vêem Cidinho como espécie de obstáculo porque o bônus da relação do governo com os prefeitos, que está resultando na liberação de maquinário para recuperação e manutenção de estradas, estaria ficando sobre a imagem do secretário e presidente do MT Regional.

No dia-a-dia, Cidinho acompanha o governador nos municípios, se reúne com prefeitos, vereadores e com empreiteiras, dá ordem de serviços e fiscaliza a execução das obras. Ele tem como forte aliado o secretário-chefe da Casa Civil e de Comunicação Eumar Novacki, que atua até como espécie de cabo eleitoral rumo às eleições de 2010. Ex-prefeito de Nova Marilândia por dois mandatos, Cidinho conseguiu também manter uma relação estreita com o vice-governador Silval Barbosa, pré-candidato do PMDB ao Paiaguás. Nos bastidores, ele é mais simpático ao nome do peemedebista para governador do que do próprio Jayme, que é do seu partido, o DEM.

O mais curioso é que Cidinho pertence aos quadros do DEM (ex-PFL), do cacique Jayme Campos, que passou a bater no governo Maggi e defende ruptura política. A tendência é do Democratas se distanciar da turma da botina e lançar Jayme para governador ou apoiar o prefeito Wilson Santos, virtual candidato do PSDB à sucessão estadual. Nesse caso, Cidinho ficaria numa saia justa, assim como outros filiados do DEM que integram o staff do governo Maggi, como Neldo Egon (Desenvolvimento Rural) e Leôncio Pinheiro, presidente da Empaer.





Fonte: RD News

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