Começa nesta sexta-feira o 1º Curso de Operações Especiais da PM

Terá início nesta sexta-feira (17.07), o 1º Curso de Operações Especiais promovido pela Polícia Militar de Mato Grosso. A solenidade de aula inaugural será realizada no auditório do Quartel do Comando Geral, na avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. CPA). O evento contará com a participação do secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado.

No total, 49 policiais (sendo 31 de Mato Grosso e os demais de Rondônia, Mato Grosso do Sul, Paraná, Tocantins, Roraíma) foram aprovados no processo de triagem (avaliação psicológica, funcional e física). A Polícia Militar recebeu mais de 120 inscrições para a participação no treinamento que contará com mais de 1.288 horas de aulas, ou 4 meses de curso.

“Há dois anos estamos trabalhando para o desenvolvimento deste curso. Muito do que foi apresentado no filme Tropa de Elite é inverídico. Criou-se mítica sobre o filme, sobre a ação dessa tropa, mas é claro que o treinamento é extremamente severo, desgastante. Estamos formando homens que vão atuar nas ações mais extremas”, explica o comandante geral da Polícia Militar, coronel Antônio Benedito Campos Filho.

Em razão da diversidade de flora e fauna presente em Mato Grosso o curso terá aulas em regiões de cerrado, floresta amazônica e pantanal. A formação dos policiais contará ainda com treinamentos nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Um dos estágios será realizado com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Rio de Janeiro.

Simulação

O coordenador do curso, capitão Ronaldo Roque, coordenou na manhã de hoje uma breve apresentação do treinamento a ser executado. Os policiais realizaram uma descida de rapel (de uma altura de 15 metros), além do resgate de reféns com abordagem em um veículo.

Para o término da apresentação um atirador de precisão foi posicionado a mais de cem metros de um alvo de papelão - montado dentro de uma estrutura de madeira que será usada para as atividades – ele efetuou disparo único e certeiro. O tiro atingiu uma pequena bexiga com água, que representava a cabeça de um seqüestrador. A ação, durou poucos segundos, e serviu para dar início a ação de resgate de reféns.

“Temos absoluta confiabilidade no treinamento que possuímos e em uma ação dessa natureza temos de ser extremamente precisos para a preservação da vida do refém”, explica o capitão.