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Politica Brasil
Quarta - 15 de Julho de 2009 às 02:15
Por: Rafael Costa

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O corregedor nacional de justiça Gilson Dipp desembarca hoje em Cuiabá para iniciar uma correição nas contas do Tribunal de Justiça (TJ).

Os trabalhos serão realizados por funcionários e juízes-auxiliares da Corregedoria e da presidência do CNJ. Dois profissionais indicados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) também vão auxiliar na investigação, que serve para apurar e corrigir “graves deficiências” verificadas pela Corregedoria nos registros de pagamentos feitos a magistrados do TJ.

O resultado das investigações é aguardado com ansiedade no meio político. No domingo (12), o jornal Folha de S. Paulo destacou um ato administrativo nunca publicado no "Diário Oficial" e considerado ilegal pelo CNJ. O ato secreto permitiu aumentos salariais e pagamentos supostamente irregulares de ao menos R$ 6,6 milhões a funcionários do tribunal, incluindo parentes de magistrados.

A escolha de Mato Grosso para a inspeção se deve à constatação feita pela Corregedoria de “falta de clareza” quanto à verdadeira origem de verbas indenizatórias pagas a magistrados do Estado. Além disso, há indícios de pagamento de passivos relativos a verbas já suspensas pelo CNJ, como o auxílio-transporte.

A equipe vai verificar os valores de pagamentos devidos e as quantias já pagas aos juízes, a natureza das verbas referentes a indenizações, auxílio-transporte, pagamentos suplementares e certidões de crédito, além de ligações de magistrados com políticos processados por corrupção.

PROTESTO – Os servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso prometem uma manifestação a partir das 8h em frente ao Tribunal de Justiça (TJ) em protesto à sonegação de direitos trabalhistas que perdura há mais de dez anos.

Com nariz de palhaço, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat) pretende reunir a maior parte dos 5,5 mil servidores que atuam em Mato Grosso e mostrar ao corregedor-geral Gilson Dipp que o descumprimento de regras trabalhistas é motivado pelas irregularidades nas contas do Judiciário mato-grossense.

As atividades do Judiciário estarão paralisadas hoje. Os servidores alegam que há mais de 10 anos o poder Judiciário não honra direitos trabalhistas como férias e ainda mantém pagamentos de passivos atrasados.





Fonte: Diário de Cuiabá

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