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Politica Brasil
Segunda - 13 de Julho de 2009 às 19:54
Por: Andréa Haddad

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O deputado federal e pré-candidato a senador Wellington Fagundes (PR) é um dos políticos mencionados no inquérito instaurado pela Polícia Federal para apurar um esquema de grilagem de terras, com uso de força física e ameaças, na região do Vale do Araguaia. Conforme o juiz da 1ª Vara Federal, Julier Sebastião da Silva, o nome do republicano foi citado por capangas de Gilberto Luiz de Resende, o Gilbertinho, apontado como um dos principais articuladores do esquema. O grileiro está foragido desde o último dia 3, quando foi deflagrada a Operação Pluma nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais.

Wellington seria um dos articuladores políticos do esquema e, por ser parlamentar, daria credibilidade às negociações de venda e compra das terras. O nome do deputado, contudo, só foi citado no processo e, até o momento, não foi comprovada sua participação nos crimes. Outros políticos envolvidos seriam o ex-prefeito de Porto Alegre do Norte, Luiz Carlos Machado (PRP), o Luiz Bang, e o ex-candidato a vereador por Ribeirão Cascalheira, Altamiro Schneider. Ambos tiveram os registros de candidatura negados pela Justiça Eleitoral. Eles foram presos durante a Operação Pluma, junto com mais cinco policiais militares: o ex-comandante-geral da Polícia Militar, coronel da reserva Adaildon Evaristo de Moraes Costa, o coronel Elierson Metello, ex-comandante regional da PM de Sinop e que vinha atuando na regional de Tangará da Serra, o sub-tenente Adalberto da Cunha de Oliveira, os capitães Robson Oliveira Curi e Antonio de Moura Neto, e o major Wlamir Luis da Gama Figueiredo.

Segundo informações da Polícia Federal, os militares teriam embolsado ao menos R$ 5 milhões em propinas para facilitar o esquema de grilagem de terras no Vale do Araguaia por meio de falsificação de documentos e proteção armada aos grileiros. Os crimes teriam ocorrido entre 2002 e 2005. O principal fazendeiro do esquema, de acordo com a PRF, movimentou R$ 8 milhões em apenas um ano. A aldeia indígena Maraiwatsede e a fazenda Bordolândia foram alvo de grilagem por fazendeiros que pertenciam ao esquema.





Fonte: RD News

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