Sucessão: PT ainda indefinido sobre majoritária
Presidente estadual e deputado Carlos Abicalil diz que partido está em pé de igualdade com outras legendas para concorrer ao governo
Presidente estadual do PT, o deputado federal Carlos Abicalil abrirá, a partir deste mês, um cronograma de debates sobre o processo eleitoral de 2010. Um dos líderes políticos no cenário mato-grossense, Abicalil avisa que o Partido dos Trabalhadores está em total condição de disputar o governo, em pé de igualdade com legendas que prenunciam liderança de majoritária.
Seguindo um calendário disponibilizado pela nacional do PT, o partido no Estado preferiu aguardar o segundo semestre para deflagrar amplas discussões sobre o processo sucessório do próximo ano. Abicalil, um dos nomes preferidos do governador Blairo Maggi (PR) para ocupar espaço em majoritária com os republicanos, Abicalil avisa que o partido está entre os quatro maiores do Estado – portanto, tem peso político suficiente, além de nomes para ocupar o posto de destaque uma corrida ao Palácio Paiaguás.
Nas estratégias que visam assegurar lugar de destaque para o PT, o partido dará preferência, inicialmente, a abertura de diálogo com o PMDB e PR, informou o dirigente partidário. Num segundo momento, a sigla ampliará as discussões com partidos como o PDT, PSB e PTB, além do PCdoB. O presidente estadual do PT admitiu que as discussões estão mais adiantadas com o Partido da República.
A proximidade entre o PR e o PT, desde as eleições de 2006, aponta para a possibilidade de composição entre as duas legendas. Ao analisar as chances de a legenda ser confirmada como líder de chapa, ele lembrou que o PT possui considerável representação nos parlamentos estadual e federal, além de também possuir destaque no staff estadual, através do comando da secretaria estadual de Educação – sob a responsabilidade de Ságuas Moraes.
Segundo ele, o PT mantém entendimento de que se deve dar prioridade aos diálogos com os partidos que fazem parte da base aliada do presidente Lula. Seguindo essa linha de atuação, o Partido dos Trabalhadores deverá deixar possíveis entendimentos com o DEM e ainda o PPS, para o “fim da fila”. “São dois partidos que estão no bloco de oposição do presidente Lula então nesse momento seguiremos caminho de priorizar o diálogo com as legendas aliadas”, explicou.
Abicalil destacou ainda que a dinâmica adotada pelos partidos de oposição se distancia do foco do governo do presidente Lula, daí a maior dificuldade para firmar laços com o Democratas e com o PPS de Mato Grosso. O presidente estadual do PT preferiu manter cautela ao avaliar os nomes do partido que poderiam encabeçar a disputa ao governo. De acordo com ele, o partido, caso opte pela construção de projeto próprio, irá debater com as bases o melhor líder para ocupar o posto. Ele e a senadora Serys Slhessarenko (PT) são considerados hoje no Estado os representantes de maior expressão política.
A senadora Serys afirma que só disputa a eleição do próximo ano se for novamente para o Senado.
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