Atos secretos do TJ visavam os parentes
Os documentos indicariam que foram beneficiados com atos secretos no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, pelo menos a mulher, o filho e a cunhada do desembargador Paulo Lessa, que nega qualquer tipo de irregularidades, mas estaria reconhecendo o pagamento das vantagens como legais. O atual presidente, Mariano Travassos, que solicitou ao CNJ as investigações e a suspensão das vantagens concedidas, também teria filhos beneficiados pelas vantagens salariais.
Para os três parentes de Lessa foram pagos R$ 2,3 milhões, de acordo com um pedido de providências do mês passado escrito por Travassos, que pinça "por amostragem" dez casos. Os três também aparecem no relatório do Departamento de Pagamento de Pessoal escrito no início de março, no qual estão outros 74 funcionários, incluídos os dois filhos do atual presidente, que, de acordo com este documento, receberam juntos R$ 129,7 mil, sendo que todos são concursados, ou seja, legalmente não estariam incorrendo em crime de nepotismo.
Segundo o Tribunal de Justiça, 549 servidores são abrangidos com os benefícios salariais do SDCR que funciona como um Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS), e enquadrou a todos os 5,6 mil serventuários, mas apenas alguns tiveram incorporações de cargos de carreira com cargos comissionados, estendendo a diferença salarial para o ano em que o mesmo passou a ocupar o cargo comissionado, sendo que alguns estão na função há 20 anos e inclusive se aposentaram no mesmo.(ML).
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