Sema faz operação de combate ao desmatamento em Tangará da Serra
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Polícia Judiciária Civil realizaram nos dias 08 e 09 operação de combate ao desmatamento na região de Tangará da Serra (239 quilômetros da capital, na região Médio Norte). A operação que integra um conjunto de ações estabelecidas dentro de uma Campanha de Controle ao Desmatamento e Combater às Queimadas, serviu também para que o órgão ambiental checasse no local as denúncias feitas pela população da região.
A operação teve como resultado a apreensão de sete (07) motosserras, um (01) trator, dois (02) caminhões, 50 metros de lenha e 124 sacos de carvão. Todo esse material foi apreendido nas regiões denominadas Pecuama, Pompéia e Ariranha, todos localizados na zona rural dos municípios de Nova Marilândia (392 quilômetros na região Médio-Norte) e Santo Afonso (280 quilômetros da capital, na mesma região).
O diretor regional da Sema em Tangará da Serra, Alvino de Oliveira Filho, explicou que a ação foi motivada por denúncias de extração de madeiras em toras e em lenhas, visando atender o comércio ilegal de produtos florestais. “A madeira era transportada sem qualquer documentação expedida pelo órgão ambiental, a Sema”, disse.
A técnica de Meio Ambiente, Cibeli Scarabotto Ribeiro, foi quem coordenou a operação, com apoio da Coordenadoria de Fiscalização Florestal da Sema de Cuiabá. O trabalho foi realizado em duas fases. Na primeira, foram identificados os pontos de desmate e extração das madeiras. “Os agentes, à paisana e com o auxílio de um GPS (Sistema de Posicionamento Global), que funciona com apoio de satélites, localizaram os pontos que em seguida, numa segunda fase, foram fiscalizados” in loco “, com o deslocamento rápido da equipe que já havia feito um mapeamento do local e estabelecido um roteiro de viagem”, explicou ela.
As propriedades são identificadas e os proprietários deverão responder por crime ambiental de acordo com os dispositivos da Lei 9605/98 e Decreto 6514/08. Oliveira Filho disse que a dificuldade maior para a realização do procedimento administrativo e criminal está relacionada à questão fundiária, já que a maioria das ocupações está com posseiros.
Nos dois dias de operação foram aplicados R$ 79.910,00 (setenta e nove mil, novecentos e dez reais) em multas. A ação terá outros desdobramentos por conta dos registros de queimadas.
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