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Politica Brasil
Quarta - 08 de Julho de 2009 às 07:16
Por: Téo Meneses

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Comissão de Ética aprova por unanimidade parecer pedido de cassação de vereador e processo deve começar nesta quinta-feira

A Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá aprovou ontem, por unanimidade, parecer pedindo cassação do vereador Ralf Leite (PRTB). O argumento é de que a prisão do parlamentar praticando sexo com um travesti menor de idade é incompatível com o decoro. O processo deve ser julgado em plenário amanhã.

O parecer da Comissão foi emitido pelo relator Domingos Sávio (PMDB) e aprovado com voto do presidente Everton Pop (PP) e do membro-titular Adevair Cabral (PDT). É o primeiro pedido de cassação na história da Câmara da Capital.

Domingos Sávio disse que o que mais serviu para fundamentar o relatório de 22 páginas foi o fato de Ralf praticar sexo com um menor de idade em plena rua e ter se apresentado como vereador na tentativa de intimidar os policiais militares Fábio Gomes de Oliveira e Uanderley Benedito Costa, responsáveis pelo flagrante ocorrido no dia 6 de fevereiro na região do Zero KM, ponto de prostituição e tráfico em Várzea Grande.

"A Câmara não pode aceitar uma conduta desse tipo sob risco de sua banalização. É por isso que o parecer é pela perda do mandato do vereador Ralf Leite", justificou Domingos Sávio, durante entrevista concedida ao lado dos demais membros da Comissão logo após o grupo protocolar o documento na Câmara. O presidente do Legislativo e o primeiro-secretário, Deucimar Silva (PP) e Pastor Washington Barbosa (PRB), também participaram da coletiva. Deucimar determinou que a consultoria jurídica da Câmara apresente ainda hoje um estudo para saber se a votação do caso tem que se dar amanhã ou na próxima terça-feira (14), se será em sessão aberta ou fechada e o quórum necessário é de maioria absoluta dos 19 vereadores.

Expulsão - O parecer motivou o presidente estadual do PRTB, Samuel Lemes, a pedir ontem ao partido a expulsão de Ralf. Ele já havia solicitado providências devido aos escândalos protagonizados pelo correligionário, mas alega que a situação dele agora ficou insustentável.

Outro lado - Ralf afirmou que as acusações a que responde não são motivos para cassação, pois atingem apenas a si mesmo. Disse ainda que o que ocorreu é menos grave que as denúncias de corrupção na Câmara.





Fonte: A Gazeta

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