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Politica Brasil
Terça - 07 de Julho de 2009 às 01:58
Por: Sonia Fiori

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Presidente condiciona encontro à chegada de Maggi de férias e frustra pretensões de bancada de emplacar Wellington antecipadamente

A prevista confirmação do nome do candidato do PR ao Senado, deputado federal Wellington Fagundes, para a presidência do partido no Estado, só deve ocorrer após o retorno do governador Blairo Maggi às atividades governamentais, após o fim do período de férias de 15 dias iniciado no sábado (4). O presidente do PR no estado, Moisés Sachetti, não só condiciona o anúncio formal à volta de Maggi como deixa transparecer o clima, no mínimo, de animosidade na bancada republicana na Assembléia Legislativa quando o assunto é a sucessão na cúpula da sigla.

Na tarde de ontem, Sachetti (PR) mandou um recado para a bancada republicana ao avisar que só convocará reunião para discutir a troca do comando da legenda quando receber confirmação da participação do chefe do Executivo estadual. A bancada, que respalda Wellington para a direção do partido, aguardava ontem reunião ordinária do PR para expor oficialmente a decisão dos parlamentares.

Diante do alerta do presidente, Wellington e o líder da bancada, deputado João Malheiros, acataram a orientação. Segundo o candidato ao Senado, “não existe sangria desatada para definir essa questão”. O parlamentar reiterou ainda que respeita a decisão de Moisés e que aguardará o momento oportuno para discutir o assunto. Malheiros seguiu a mesma linha ‘pacífica’ no discurso oficial.

No entanto, a posição do atual presidente pode ser interpretada como um sinal de desconforto entre os principais líderes do partido. Moisés classificou a decisão da bancada pelo nome de Wellington de “deliberação precipitada”. Ele declara considerar Wellington uma boa alternativa para assumir seu posto, mas sustenta que a decisão sobre o nome de seu substituto precisa passar pelo crivo da executiva do partido e ainda pelas bases do PR, mesmo que o nome à sucessão tenha nas mãos o aval do governador.

O dirigente partidário também lembrou que só deixará a presidência do partido no final do mês – dando uma clara demonstração de que não cederá espaço antes do tempo previsto para seu afastamento. Desde que Sachetti anunciou que deixará o comando do partido, foram deflagradas na legenda as articulações internas para definir o nome do próximo presidente.

Um grupo do PR, com aval da bancada na Assembleia Legislativa, tentou convencer o chefe do Executivo estadual a aceitar o pedido de retorno para a direção do partido em Mato Grosso. No entanto, Blairo demonstrou reduzida possibilidade de aceitar o pleito. Diante desse quadro, o empresário Mauro Mendes despontou como uma das principais opções dos republicanos. Mas as ações do industrial à frente da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt) teriam descartado a chance de o empresário assumir a função – assim como o posto de secretário-geral.

A bancada republicana no Poder Legislativo veta a chance de eventuais candidatos às eleições proporcionais assumam a presidência da sigla. Entretanto, abrem espaço para que candidatos à majoritária possam comandar o partido, como é o caso do deputado Wellington Fagundes.





Fonte: Diário de Cuiabá

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