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10% dos prefeitos eleitos no Estado já foram cassados
Outros dois prefeitos eleitos no ano passado foram destituídos do cargo. Clóvis Martins (PTB), de Poconé, e Adair Alves (PMDB), de Alto Paraguai, perderam os mandatos na semana passada. Em ambos os casos, a sentença foi proferida em primeira instância. Agora, inicia-se o moroso e variado festival de recursos junto ao TRE e TSE. Até que todo o trâmite jurídico termine, o presidente da Câmara de Poconé, Nei Rondon (PTB), exerce o papel de prefeito tampão. A segunda colocada em Alto Paraguai, Diane Vieira de Vasconcellos Alves (PR), também não venceu nas urnas, mas assumiu o cargo no chamado “tapetão”.
Até agora, a população de 14 dos 141 municípios mato-grossenses não sabem ao certo quem administrará as cidades pelos próximos quatro anos. O número representa nada menos que 10% dos administradores eleitos e é um dos mais altos de todo o país, reflexo do maior rigor da legislação eleitoral e aumento de denúncias feitas por eleitores e candidatos derrotados.
Na prática, as cassações contribuem para que os pleitos ocorram com maior lisura. Entretanto, os entraves burocráticos fazem com que os julgamentos se arrastem por meses. A maioria das denúncias ocorreram até dezembro de 2008. Já estamos em julho, sete meses depois e, mesmo assim, a situação em 14 municípios continua indefinida. Em alguns casos nem mesmo o juiz de primeira instância julgou as denúncias.
Os campeões em cassações e recursos negados são Ricardo Henry (PP) e Faustino Dias Neto (DEM), prefeitos cassados de Cáceres e Santo Antônio do Leverger, respectivamente. O progressista, que teve o mandato cassado em três processos, contratou 16 advogados para tentar reverter a situação, mas não obteve êxito. Quem comemorou as derrotas jurídicas foi o segundo colocado, Túlio Fontes (DEM). Ele assumiu o cargo de prefeito e deve ser efetivado. Já em Leverger, a “dança das cadeiras” é intensa e parece estar longe de terminar. Após ser cassado em dois processos por crimes eleitorais, Faustino conseguiu uma liminar de efeito suspensivo junto ao TRE e chegou a assumir o cargo. Em 20 de fevereiro, porém, foi condenado e, mais uma vez, perdeu o posto de prefeito. Em seu lugar assumiu o seu cunhado e presidente da Câmara, vereador Harrisson Benedito (PSDB). Recentemente, Faustino sofreu nova derrota no TRE e deve continuar afastado e inelegível.
Em meio a este verdadeiro festival de cassações, a Justiça Eleitoral realizou apenas duas eleições suplementares. Uma em Araguainha e outra em Novo Horizonte do Norte. Foram eleitos José Ocifarne Ferreira, o Zezinho (PPS), e João do Mercado (PMDB), respectivamente.
Na lista dos cassados que continuam fora do cargo estão o republicano Walter Lopes Farias, prefeito de Canarana, o reeleito em Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR), Francisco de Assis, o Diá (PT), de Ribeirão Cascalheiras e Francisco de Assis Medeiros (PT), de Nova Olímpia. Enquanto isso, os presidentes das câmaras municipais sentem o “gostinho” de administrar a cidade. Já em General Carneiro quem se deu bem foi a segunda colocada nas urnas, Magali Vilela, que assumiu a prefeitura após a cassação de Juracy Rezende Cunha (PT), o Buchudo (PT).
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