Três anos sem Dante de Oliveira, o homem das "Diretas-Já"
Em 6 de julho de 2006, às 20h40, Mato Grosso perdia um de seus mais importantes políticos da atualidade: Dante Martins de Oliveira. Hoje está fazendo três anos de sua ausência no cenário político estadual e nacional, onde transitava com facilidade, sabia impor seus pensamentos e sempre se mostrou um hábil negociador. Foi deputado estadual, deputado federal, prefeito por duas oportunidades, governador em duas gestões e ministro no governo José Sarney. Foi também o “Homem das Diretas-já”, movimento que culminou com o fim da ditadura militar no Brasil. Morreu aos 53 anos, deixando viúva Thelma de Oliveira, hoje deputada federal.
Considerado um dos grandes construtores da redemocratização no Brasil, Dante de Oliveira estava internado desde o começo da tarde daquele dia 6 de julho de 2006 em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Jardim Cuiabá para onde foi levado às pressas após complicações no tratamento de uma pneumonia. No final da tarde, em função de fortes medicamentos, o ex-governador teria tido uma hemorragia e, em seguida, infecção generalizada.
Dante se preparava para disputar mais uma eleição: iria tentar uma das vagas do Estado na Câmara dos Deputados, em Brasília, retomando a carreira política que havia sido interrompida depois que deixou o segundo mandado de governador e perdeu a eleição ao Senado Federal. Ele nasceu em Cuiabá e era formado em Engenharia Civil - função que nunca ocupou. Militante da oposição ao regime militar, foi eleito deputado estadual em 1978. Em 1982 chegou à Câmara Federal, onde ganhou projeção nacional. Depois disso foi eleito prefeito da capital por duas vezes (1986 e 1992). No primeiro mandato, deixou o cargo para ser ministro da Reforma Agrária. Dante foi governador de Mato Groso em duas gestões ( 1994 e 1998).
Dante estava filiado ao PSDB. Casado com a deputada federal Thelma de Oliveira, ele era considerado um dos grandes expoentes da sigla em nível nacional e uma das fortes lideranças do Estado. Era notabilizado, especialmente, pelo seu carisma político. Nas últimas semanas, antes de adoecer, procurou conduzir o seu partido a disputar a eleição majoritária ao Governo do Estado, inclusive, cobrando posicionamentos firmes da direção nacional para o pleito em Mato Grosso.
Comemorando os três anos de sua morte, a viúva, Thelma de Oliveira, promoveu uma semana em homenagem ao Homem das Diretas-Já. O PSDB, onde sempre foi o maior líder também, inclusive com jogos de futebol na cidade.
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