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Politica Brasil
Sábado - 04 de Julho de 2009 às 13:02
Por: Alline Marques

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O ex-prefeito de Porto Alegre do Norte, Luiz Carlos Machado, preso durante Operação Pluma que combate a prática de grilagem de terras no Vale do Araguaia, já foi considerado o 5º pistoleiro mais perigoso do país. Em função disso ele prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pistolagem ocorrida entre 1991 e 1993 na Câmara Federal.

Na época em que foi chamado para depor na CPI, o nome de Luiz Bang, como é conhecido, também foi envolvido com o assassinato do ex-senador Olavo Pires, morto num hotel de São Paulo, que era pré-candidato a governador de Rondônia.

Bang é apontado no inquérito da Polícia Federal como pistoleiro e responsável por desmate, venda de áreas griladas, falsificação de escrituras e ameaças. O promotor da região, Leandro Volochko, relata no processo que Luiz Bang atua desde 1994 na localidade cometendo ilícitos da espécie.

De acordo com o inquérito da PF, Luiz Bang era ligado ao grupo do sub-tenente Moreira, citado no processo, e atuava junto com Camilo de Lélis Brasileiro Pereira, envolvido no esquema. O ex-prefeito também era responsável por providenciar a escrituração falsa dos lotes.

Ainda de acordo com o processo Camilo e Luiz Bang atuam em conjunto, inclusive ameaçando juízes da região e promovendo a invasão de terras da União, havendo notícia de que pagam propina a servidor do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária e para agilizar a entrada na posse.

O Bang também responde por crimes de homicídios. Em 2006, ele foi julgado e absolvido no caso em que era acusado de mandar matar o ex-prefeito Rodolfo Alexandre Inácio, o Cascão, a esposa Fernanda Macruz, e o amigo Avelino Pereira Coelho, em novembro de 1988.

A absolvição, no entanto, pode ter ocorrido por Bang ter pressionar um dos jurado e ameaçado o promotor Leandro Volochko e o juiz Gerardo Umberto Júnior. A Promotoria recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

O ex-prefeito também já foi preso por exploração de trabalho escravo. Em 2003, foi processado pela prática de trabalho escravo na Fazenda Cinco Estrelas, em Mundo Novo (MT). Ele chegou a ser preso, mas solto logo em seguida.

Bang também já foi preso em flagrante por promover quebra-quebra na Câmara Municipal de Confresa em maio de 2006. No ano passado, Bang tentou voltar para Prefeitura de Porto Alegre do Norte, porém teve o registro de candidatura cassado por improbidade administrativa. O pedido foi feito pela promotora Alessandra Gonçalves.





Fonte: Olhar Direto

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