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Politica Brasil
Sexta - 03 de Julho de 2009 às 11:58

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O senador Jayme Campos (DEM) e o seu primerio-suplente Luiz Antonio Pagot (PR), diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), mantêm a amizade aparente mas, nos bastidores, se encaram como inimigos políticos. Pagot começou uma campanha contra a pré-candidatura do democrata. Ele faz questão de enaltecer outros possíveis concorrentes a governador pelo grupo da turma da botina, como Silval Barbosa (PMDB), Carlos Abicalil (PT) e Mauro Mendes (PR) e, por outro lado, ignora o nome de Jayme. Pagot critica o perfil e o "jeito de fazer política" do seu titular no Senado. Isso tem deixado o senador irritado de tal modo que já adiantou para os correligionários que pretende recuar da disputa pelo Palácio Paiaguás só para não dar trégua a Pagot. Acontece que, se vier a conquistar cadeira de governador, Pagot ganhará praticamente 4 anos de mandato como senador, de 2011 a 2014.

Jayme chama Pagot de ingrato e diz que está sendo apunhalado pelas costas. Lembra que foi o principal articulador no Senado, principalmente junto à bancada do DEM, para aprovar a indicação do nome do afilhado do governador Blairo Maggi com vistas a assumir o comando do Dnit. Pagot teve de esperar 6 meses para conseguir aprovação do nome. Nesse interím, foi "bombardeado" de críticas e denúncias.

A briga de bastidores está levando DEM e PR para ruptura. Esse racha só já está mais evidente por causa de interesses pessoais dos deputados democratas na Assembleia. Eles resistem à ideia de se distanciar do Paiaguás como forma de preservar os cargos para os quais indicaram cabos eleitorais. A relação política entre Jayme e Pagot nunca foi das melhores. Na campanha de 2006, o então pefelista convidou o afilhado político de Maggi para ser o primeiro suplente de última hora. A conversa foi por telefone. Assim, Jayme conseguiu "colar" na turma da botina. Jayme costuma dizer que Pagot não "levantou uma palha" e muito menos contribuiu financeiramente para com a campanha.

A tendência é que Jayme Campos saia da disputa majoritária e se una ao tucanato, em apoio ao nome do prefeito de Cuiabá Wilson Santos à sucessão estadual. O senador, nesse caso, continuaria no mandato até o final. Pagot, por sua vez, estaria em outro palanque. Ele se articula na esperança da turma da botina encontrar um nome com boa visibilidade eleitoral para encarar o tucano Santos. Ora sinaliza para Silval, ora para Abicalil e torce também para Mendes, derrotado para prefeito de Cuiabá em 2008, entrar no páreo. E, assim, segue o refrega político nos bastidores.





Fonte: RD News

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