Fagundes assume a presidência do PR em Mato Grosso
Fagundes decidiu encarar mesmo pré-candidatura de senador. Ele está no quinto mandato de federal e perdeu duas eleições para prefeito de Rondonópolis. Na reunião desta quinta, os estaduais republicanos Sérgio Ricardo, Mauro Savi, Sebastião Rezende, Jota Barreto, João Malheiros e Wagner Ramos endossaram o nome de Fagundes para a presidência do PR. Eles entendem que trata-se de um líder político conciliador, experiente na vida pública e que sabe buscar a coalizão junto aos demais partidos por um amplo arco de alianças. Além disso, a bancada considera que Fagundes como presidente não atrapalha plano dos prováveis candidatos proporcionais porque ele vai concorrer a cargo majoritário.
Em princípio, a bancada defendia que a presidência ficasse com o governador Maggi, que disse "não" ao convite. Em seguida, passou a dar respaldo ao nome de Fagundes, mas exigiu deste que, enquanto dirigente do PR, não venha a privilegiar o deputado federal Homero Pereira, pré-candidato à reeleição. O problema é que Fagundes já "amarrou" acordão com Homero, no sentido de não só fazer uma "dobradinha" na campanha com o colega, mas também de transferir sua base para Homero, principalmente nas regiões Sul e Araguaia.
Estrutura
O PR é o maior partido no Estado. Possui 33 dos 141 prefeitos, 17 vice, 228 vereadores, 6 deputados estaduais e 2 federais e mais o governador. Mesmo assim, bate-cabeça quanto aos rumos para as eleições majoritárias. Após a desistência de Maggi, Fagundes se lançou como pré-candidato a senador. Por outro lado, a legenda não tem um nome consistente para concorrer ao Palácio Paiaguás. Passou a usar o discurso de apoio à pré-candidatura de outro partido, como do peemedebista e vice-governador Silval Barbosa e até mesmo de alguma figura do PT, principalmente se o deputado federal Carlos Abicalil aceitar o desafio de disputar a sucessão estadual. Ele já tentou o cargo em 98 e foi derrotado. No fundo, o petista pretende mesmo é concorrer a senador ou à reeleição.
Comentários