Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Terça - 30 de Junho de 2009 às 16:44
Por: Patrícia Sanches

    Imprimir


Aumentou de 7 para 13 o número de vereadores dispostos a pedir a abertura de Comissão Processante contra o vereador Lutero Ponce (PMDB). Ficaram em cima do muro Lueci Ramos (PSDB), Ralf Leite (PRTB), Chico 2000 (PR) e Ivan Evangelista (PPS). A reviravolta ocorreu um dia depois da Justiça decretar a prisão temporária de Lutero e a Delegacia Fazendária divulgar um rombo superior a R$ 7,5 milhões durante o biênio 2007/2008, quando o peemedebista comandava o Legislativo cuiabano. Pasmos e sem argumentos, a maioria dos vereadores se mostrou favorável às investigações internas.

No final de maio, a Câmara engavetou de uma só vez cinco pedidos de investigação propostos pela Ong Moral, pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e pela OAB-MT, pelo PRTB, PP e pelo eleitor Laudelino dos Santos. Num placar de 8 votos a 7, Lutero foi salvo pelos votos de Lueci Ramos, Paulo Borges e Antonio Fernandes (os três do PSDB), Francisco Vuolo e Chico 2000 (os dois do PR), Ralf Leite e Néviton Fagundes (ambos do PRTB), além do próprio Lutero.

Votaram pela criação da Comissão Processante e afastamento imediato de Lutero os pedetistas Toninho de Souza e Adevair Cabral, o tucano Roosivelt Coelho, Domingos Sávio (PMDB), Everton Pop (PP), Lúdio Cabral (PT) e Washington Barbosa (PRB). Ivan Evangelista se absteve e Leve Levi (PP) e Júlio Pinheiro (PTB) viajaram.

Agora, um novo cenário é formado. A pressão popular é grande e os vereadores não têm argumentos para refutar as denúncias feitas pela Delegacia Fazendária, que investigou minuciosamente as contas de Lutero. Mesmo assim, alguns parlamentares como Júlio Pinheiro (PTB), que substitui o vereador licenciado Clóvis Hugueney, “defendeu” o ex-presidente do Legislativo. Segundo ele, todos têm direito à defesa e ao contraditório. “Eu acredito na sua inocência até que provem o contrário”, afirmou. Por outro lado, o parlamentar disse ser favorável a abertura da Comissão Processante contra Lutero na Câmara. “Nós precisamos investigar tudo”. Os vereadores Chico 2000 (PR) e Ralf Leite (PRTB) preferiram o silêncio. Os parlamentares foram chamados várias vezes por jornalistas e assessores, que estavam no plenário, na sessão desta terça (30), mas não emitiram qualquer declaração. Lueci Ramos (PSDB), vice-presidente da Mesa Diretora durante a gestão Lutero (2007/2008), disse que, por ser amiga pessoal do ex-presidente, não comentará qualquer denúncia feita contra ele. Ivan foi o único vereador a não comparecer à sessão desta terça (30).

Já Antônio Fernandes, Francisco Vuolo, Paulo Borges e Néviton Fagundes mudaram de opinião. Agora compõem a ala dos que defendem a punição de Lutero. Assim, o grupo que antes era formado somente por Pop, Toninho, Washington, Adevair, Roosivelt e Lúdio ganham mais força. Levi e Pinheiro, que viajaram no dia da votação, garantem apoio ao afastamento de Lutero e a abertura de procedimento investigatório. Deucimar Silva (PP), autor da auditoria que desencadeou toda a investigação, só vota em caso de empate. Ele tem o chamado voto minerva por ser o atual presidente da Câmara.

Em plenário, Deucimar disse que aguardará o indiciamento de Lutero para que tome as medidas cabíveis dentro da Câmara. Caso o peemedebista continue foragido, poderá ser cassado à revelia, ou seja, sem depor ou apresentar sua defesa. Caso seja preso, ele será ouvido antes que um possível pedido de cassação seja levado a plenário.





Fonte: RD News

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/157907/visualizar/