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Politica Brasil
Segunda - 29 de Junho de 2009 às 14:11

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O senador Jayme Campos (DEM), pré-candidato a governador, emprega no seu gabinete no Congresso Nacional um ex-secretário, um ex-prefeito, empresários e antigos assessores com os quais mantém relação de amizade. O ex-prefeito de Água Boa, Luiz Elias Abdala, por exemplo, é lotado em cargo comissionado como assistente parlamentar. Ganha mais de R$ 5 mil mensais. Ele vai pouco a Brasília. Vive mais na região do Araguaia, cuidando da fazenda.

Luiz Celso Moraes de Oliveira, que foi secretário de Obras da Prefeitura de Várzea Grande durante os oito anos da gestão Jayme, recebe pelo Senado desde maio de 2007, quatro meses depois que o cacique do DEM tomou posse como senador. Celso fatura como assistente parlamentar. Leonardo Leão, que já tentou, sem êxito, candidatura de vereador por Cuiabá, foi nomeado desde julho de 2007 como assessor técnico. Ele foi dono de construtoras, de agências de viagem e de imobiliárias, todas empresas falidas. Leão é compadre do senador e faz questão de acompanhá-lo nas visitas pelos municípios mato-grossenses.

Das 38 pessoas lotadas no gabinete de Jayme, 29 são DAS. Seus salários variam de R$ 1 mil a R$ 12 mil. Leopoldo Cesar de Miranda Lima Bisneto, que aparece como assessor técnico, é filho de Cesar Miranda, funcionário da Assembleia e que foi requisitado para o gabinete do senador. Assim, pai e filho atuam juntos na assessoria de Jayme. O empresário Paulo Lúcio Fontes de Almeida, dono de restaurante do distrito de Passagem da Conceição, em Várzea Grande, também está lotado no gabinete do senador. Ele foi transferido da Receita Federal para à assessoria parlamentar desde maio de 2007.

O advogado do prefeito cassado de Santo Antônio do Leverger, Faustino Dias Neto (DEM), Ronimárcio Naves ganha como assistente parlamentar. Ele atua em conjunto com o também advogado João Celestino Corrêa da Costa, ex-juiz-membro do Pleno do TRE. João Celestino é filho de Filinto Correa da Costa, que foi secretário de Estado de Saúde no governo Jayme (91/94). João e Ronimárcio prestam assessoria jurídica ao senador democrata. Há outras indicações dos Corrêa da Costa no gabinete de Jayme, como Filinto Correa da Costa Júnior e Isabella de D´Oliveira Correa da Costa.

Ao todo são 81 senadores. Cada um tem direito a cinco cargos de assessores técnicos, seis de secretários parlamentares e um de motorista. Alguns cargos, contudo, podem ser fracionados até seis vezes. Os valores oscilam, com o fracionamento, de R$ 900 a R$ 4,6 mil mensais. O gasto líquido mensal do Senado com folha de pagamento é de R$ 59,8 milhões mensais. Ao todo, há 3.461 servidores efetivos e 2.785 comissionados.

Portal

O levantamento desse nomes só foi possível após o Senado, em meio às denúncias, colocar em sua página na internet informações sobre as contas da instituição, a lista de seus servidores efetivos e comissionados e contratos e licitações. Foram incluídos os 312 boletins de pessoal que deixaram de ser publicados entre 1995 e 2009, os chamados atos secretos. O portal contém as despesas indenizatórias dos senadores. Cada parlamentar tem direito a gastar até R$ 15 mil por mês em despesas relacionadas ao exercício do mandato, como gastos com locomoção e manutenção de escritório político em seus estados (fora pessoal). Estas despesas já vinham sendo apresentadas no site do Senado, mas agora fazem parte do Portal da Transparência.




Fonte: RD News

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