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Politica Brasil
Sexta - 26 de Junho de 2009 às 11:20
Por: Patrícia Sanches

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Caiu para 10 o número de prefeitos eleitos e/ou reeleitos nas urnas de outubro do ano passado e que tiveram os mandatos cassados. Dois conseguiram reconquistar a cadeira, em meio aos embates jurídicos, sendo eles Erival Capistrano (PDT), de Diamantino; e Marcelo Ribeiro (PP), de Barão de Melgaço. Os dois tinham sido cassados em primeira instância, sob acusação de crimes eleitorais. No Tribunal Regional Eleitoral, conseguiram reverter a situação. Assim, os segundos colocados Julviano Lincoln (PPS), em Diamantino, e Antônio Ribeiro Torres (PSB), em Barão de Melgaço, tiveram que deixaram o cargo de prefeito.

Enquanto Marcelo e Capistrano comemoram, o ex-deputado Juarez Costa se mostra frustrado e revoltado. Mesmo eleito com 705 dos votos válidos, ele foi cassado pelo Pleno do TRE nesta quinta e, para piorar, ainda está inelegível pelos próximos três anos. Agora, se não derrubar a decisão junto ao TSE, Sinop terá nova eleição e sem a participação direta do peemedebista - saiba mais aqui. Enquanto não se resolve o impasse, o presidente da Câmara, vereador Mauro Garcia (PMDB), vira prefeito-tampão.

O número elevado de prefeitos cassados é consequência de uma legislação eleitoral mais rígida. Os mais “encrencados” são Ricardo Henry (PP) e Faustino Dias Neto (DEM), que perderam cadeira de chefe do Executivo em Cáceres e Santo Antônio do Leverger, respectivamente. O progressista, que teve o mandato cassado em três processos, contratou 16 advogados para tentar reverter à situação, mas não obteve sucesso. Com as derrotas jurídicas, o segundo colocado, democrata Túlio Fontes, vem se mantendo no cargo e deve ser efetivado. Já em Leverger, a “dança das cadeiras” deixou a população confusa. Após ser cassado em dois processos por crimes eleitorais, Faustino conseguiu uma liminar de efeito suspensivo junto ao TRE e chegou a assumir o cargo. Em 20 de fevereiro, porém, ele foi condenado em mais um processo e acabou destituído do cargo. No lugar de Faustino assumiu o seu cunhado e presidente da Câmara, vereador Harrisson Benedito (PSDB).

Faustino tenta reverter à situação, mas a tendência é que tenha que se contentar com o cargo efetivo de fiscal de tributos na secretaria estadual de Fazenda. Na terça (23), seu processo entrou na pauta, mas o julgamento foi interrompido devido ao pedido de vista do desembargador Rui Ramos. O placar já aponta 4 votos a 1 pela cassação do democrata. A Justiça Eleitoral realizou duas eleições suplementares, uma em Araguainha e outra em Novo Horizonte do Norte, onde foram eleitos José Ocifarne Ferreira, o Zezinho (PPS), e João do Mercado (PMDB), respectivamente.

Figuram ainda na lista dos cassados e que tentam reverter à situação o republicano Walter Lopes Farias, prefeito de Canarana. Primo do também prefeito Wanderley Farias (PR), de Barra do Garças, Walter foi cassado por utilizar o site da prefeitura para auto-promoção. O prefeito reeleito de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia, também "caiu", assim como Francisco de Assis, o Diá (PT), de Ribeirão Cascalheiras; e Francisco de Assis Medeiros (PT), de Nova Olímpia. Até que o imbróglio jurídico não se resolva, os presidentes das câmaras municipais ficam à frente da administração. Em General Carneiro, Magali Vilela (DEM) assumiu o cargo no lugar de Juracy Rezende Cunha (PT), o Buchudo (PT).

Continuam na berlinda também os prefeitos de Paranatinga, Vilson Pires (PRP), e de Juara Alcir Paulino (PP). Vilson foi cassado duas vezes e se mantém no cargo por meio de liminar. O prefeito de Juara, por sua vez, conseguiu anular a sentença de primeira instância que o havia cassado. O processo voltou à 27ª Zona Eleitoral e ainda não recebeu nova sentença.





Fonte: RD News

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