Dorner recua do PP, defende Juarez, mas quer ser prefeito

O empresário e pecuarista Roberto Dorner declarou nesta sexta (25), em entrevista ao RDNews, que vai reconsiderar a possibilidade de continuar filiado ao PDT. Em maio, ele havia anunciado a sua saída para disputar uma vaga de deputado federal pelo PP. O que o motiva a recuar foi a decisão do Pleno do TRE, que na sessão desta quinta à noite cassação o mandato do prefeito de Sinop Juarez Costa (PMDB). Dorner vê a possibilidade de se candidatar ao cargo na eleição suplementar. “O grupo está unido. Caso não haja condições de reverter à decisão, eu coloco meu nome à disposição do grupo”, enfatiza o empresário, um dia após a decisão da Justiça Eleitoral.

Apesar disso, o proprietário da TV Rondon, afiliada da Rede TV! em Mato Grosso, diz considerar uma "sacanagem" a cassação de Juarez, que foi eleito com 64.069 votos (70% dos votos válidos). "É um desrespeito com Sinop. A cidade não merece isso", afirma. Para Dorner, o peemedebista comanda bem a cidade e, em seis meses à frente da prefeitura, teve uma boa performance administrativa. "E agora estão tentando destruir tudo o que ele fez", lamenta. Nas eleições do ano passado, Dorner chegou a lançar pré-candidatura a prefeito pelo PDT, mas a legenda decidiu compor aliança junto com vários partidos, entre eles PMDB, PP, PT, PSB e PMN, em torno do nome de Juarez. "Em princípio, éramos contra. Mas era apenas uma questão partidária. As legendas conversaram e afunilaram o entendimento. No final, achamos que era mais viável apóia-lo", explica Dorner, numa referência ao nome do prefeito cassado.

Mesmo assim, Roberto Dorner está na bronca com o PDT e confessa a disposição de, até então, sair da sigla. Chegou a afirmar que a agremiação presidida no Estado pelo deputado licenciado Otaviano Pivetta não tinha muita representatividade regional e que não teve o apoio necessário para concorrer a prefeito de Sinop. "Eu recebi o convite do deputado Riva (PP). Até dei minha palavra que ia me filiar, mas agora vamos ver como fica". Durante o processo eleitoral de 2008, o empresário ensaiou vários apoios. Em um momento, defendia candidatura própria, outra hora sinalizava apoio ao grupo adversário de Juarez, o também empresário Paulo Fiúza (PV), que recebeu apenas 15.922 votos (28,6%). Por fim, subiu no palanque do peemedebista.