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Politica Brasil
Sexta - 26 de Junho de 2009 às 07:18
Por: Rafael Costa

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O deputado estadual Gilmar Fabris (DEM) negou ontem em interrogatório à Justiça Eleitoral qualquer prática de crime de boca-de-urna na eleição de 2006. O parlamentar responde ao processo por conta de uma representação oferecida pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) que alega aliciamento de eleitores no colégio 10 de Dezembro, que fica no centro do município de Pedra Preta (238 quilômetros ao sul de Cuiabá).

“A boca-de-urna hoje é inexistente e não dá resultado porque os eleitores já chegam com seus candidatos definidos e vão denunciar quem está praticando fraude”, afirmou.

Fabris classificou de ‘mal-entendido’ o episódio que levou à sua prisão. “No dia da eleição saí da minha fazenda de forma espontânea e quando cheguei à escola, passou dois minutos e fui surpreendido com a chegada da juíza que me deu voz de prisão”.

O relator do processo, juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Renato Vianna, questionou o motivo que teria levado à denúncia. Fabris destacou a eleição proporcional em Pedra Preta ganhou forte acirramento idêntico a uma eleição municipal.

O parlamentar alegou também que compareceu a um dos ginásios de Pedra Preta para verificar a situação das pessoas que estavam presas e explicar espontaneamente à juíza responsável o ‘mal-entendido’ “Fiz isso por transparência e se não fosse assim não estaria respondendo a esse processo”.

Outro motivo que levou à prisão de Gilmar Fabris no dia da eleição, pelo entendimento da Justiça de suposto crime de boca-de-urna, envolve um ônibus lotado de eleitores que iriam votar no local. O procurador regional eleitoral Thiago Lemos de Andrade questionou a coincidência com a chegada do parlamentar.

Fabris negou qualquer combinação com eleitores e disse não ter conhecimento da chegada do ônibus ao local e disse que o ônibus pertencia a uma linha regular urbana.

O advogado Zaid Arbid tem agora o prazo de cinco dias para apresentação de defesa prévia. Assim, poderão ser arroladas testemunhas no processo. A expectativa é a de que seja formalizado o pedido para ouvir os policiais que efetuaram a prisão de Fabris. Se não houver nenhum tipo de requerimento, o processo será levado ao pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e pode cassar os direitos políticos do parlamentar.





Fonte: Diário de Cuiabá

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