Percival Muniz impõe condição para siglas
O presidente do PPS estadual, Percival Muniz, foi enfático ontem ao afirmar que não participará do encontro suprapartidário, que será realizado no próximo dia 27, em Cáceres – caso o evento aposte no objetivo de compor um grupo de oposição. O ato contará com os principais líderes do PSDB, DEM e PTB de Mato Grosso.
De acordo com o presidente estadual democrata, Oscar Ribeiro, estão confirmadas as participações de representantes da cúpula do DEM, como o senador Jayme Campos. Também estão confirmadas as presenças do prefeito Wilson Santos (PSDB) e da deputada federal Thelma de Oliveira. O presidente do PTB, Francisco Galindo, e o secretário de Governo, Osvaldo Sobrinho, também são esperados no ato.
Entretanto, a aposta das legendas sobre a participação do PPS poderá não ser concretizada. Na tarde de ontem, Percival analisou o possível viés político do encontro, o que o fez reavaliar sua presença no evento. “Acho que alguns membros de partidos como o PSDB estão dando uma conotação para esse encontro que eu não concordo. Estão dizendo que existe a possibilidade de o evento também servir para formar um grupo de oposição e se for isso, não participo”, disparou.
A posição do dirigente partidário reforça ainda mais as chances de o PPS juntar forças com os partidos que fazem parte da base do governo Blairo Maggi. O presidente do PPS lembrou ainda que é preciso reconhecer que a administração estadual também assegurou avanços para Mato Grosso e, nesse quadro, o PPS resiste em assumir uma postura radical.
O governador Blairo Maggi foi eleito e reeleito pelo PPS nos pleitos de 2002 e 2006. No início de 2007, optou pela filiação ao PR – legenda criada a partir da fusão do PL e do PRONA. Depois de passar um longo período no campo da neutralidade sobre apoio ao governo, Percival começa a dar sinais de que poderá se unir a um projeto para o Estado com participação também do PR.
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