Fabris chama Ceará de desocupado e o compara ao Diabo
O democrata Gilmar Fabris, deputado cassado, mas que continua no cargo por força de uma liminar obtida junto ao TSE, subiu à tribuna em sessão nesta quarta (24) à noite para se defender de acusações de que teria comprado votos no pleito de 2006, mandar recado e xingar aqueles que vivem levantando a sua ficha. Ele disparou ataques aos movimentos sociais. Disse que eles agem sob influência do Diabo. O estopim para a raiva do parlamentar foi a veiculação de uma matéria em que o presidente do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Antônio Cavalcante, o Ceará, revela que foi a Brasília para investigar "a vida de Fabris, de Pedro Henry e de Chica Nunes". Tratam-se de três parlamentares que foram punidos pelo TRE com a cassação, mas que continuam nos cargos, em meio aos embates jurídicos.
"Eu não sei se é aquele tal de Ceará. Será que ele vive de renda? Será que ele trabalha? Ele decide ir para Brasília passear e vai passa dois ou três dias lá e volta criticando a gente", disparou Fabris, que será ouvido nesta quinta pelo juiz-membro do TRE, Renato Vianna, em processo no qual foi denunciado por prática de crimes eleitorais.
Com seu estilo polêmico, Fabris pediu que pessoas, como Ceará, procurem fazer o bem e rezar. "O diabo existe. Quem não acredita em Deus está com o diabo. É o diabo atentando. Coisa de exorcismo mesmo. Vai rezar rapaz! Vai fazer o bem e deixe a gente em paz!", implora Gilmar Fabris. Ainda segundo ele, a partir de agora, irá tirar uma parte de seu salário para se preocupar com a vida dessas pessoas que o incomodam-no. "Vou tirar uma parte da minha renda só para correr atrás deles. Agora vai ser assim: eles correm atrás de mim e eu atrás deles", disse o deputado, irritado.
Fabris é acusado de praticar boca-de-urna nas eleições de 2006. Chegou a ser detido em Pedra Preta, onde possui uma fazenda, no dia do pleito. Depois, ele assinou um termo circunstanciado, foi liberado e teve que esclarecer o episódio em juízo.
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