Percival Muniz compara correntes do PT com os talebãs
As críticas do socialista foram em conformidade com a atuação da sua própria legenda, que em nível nacional mantém oposição "ferrenha" ao governo Lula. Na oportunidade, o parlamentar lembrou de uma tragédia ocorrida na semana passada em Mato Grosso, na qual atribui responsabilidade a grupos petistas. Próximo a Bom Jesus do Araguaia (a 1030 km de Cuiabá), um grupo de sem-terras bloqueou a BR-158 e dois posseiros foram mortos após conflitos com caminhoneiros revoltados - leia mais aqui. O parlamentar lembra a tragédia e diz que os grupos que buscam a reforma agrária brasileira são ligados ao governo petista. Destaca também as recentes brigas pelo comando do Incra, que é gerenciado por indicações petistas. Com discurso inflamado, Percival critica a forma como o problema é conduzido. "É uma situação de desmando, de falta de respeito mínimo com os direitos das pessoas. Não quero tirar o direito de todos aqueles que querem protestar, mas além desse há os direitos pétreos, como o de ir e vir ou de socorrer pessoas acidentadas. Eles interrompem totalmente a circulação na única via possível, simplesmente para chamar atenção", acusa.
O socialista também fez referência a uma elite política representada pelos dirigentes que estão por trás dos movimentos. Sem poupar adjetivos, chama esta elite de mesquinha, pequena e insignificante. Considera lideranças atrasadas e arcaicas. "As coisas não funcionam simplesmente por divergências internas, na base de marcar posição e aparecer na mídia. E por aí vão, violando todos os direitos", ironiza, para logo em seguida pedir respeito aos direitos que estão acima dos protestos. "O direito de ir e vir, de ser socorrido e de trabalhar, por exemplo, são direitos que estão acima dessas mesquinharias de marcar posição, de briga de alas", rechaça. Com esse discurso, Percival, que preside o PPS em Mato Grosso, deixa claro que o partido continuará fazendo oposição aos petistas.
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