Maluf quer tentar Senado e pede aval da cúpula do PSDB
O empresário, médico e deputado estadual Guilherme Maluf está articulando nos bastidores sua pré-candidatura ao Senado. Incentivado por um grupo de amigos, ele se animou tanto com a ideia de encarar projeto majoritário que viajou a Brasília nesta terça (23). Maluf conversou com alguns membros da direção nacional do PSDB e recebeu apoio nesse sentido. Ele vê carência de quadros representativos pela Baixada Cuiabana. Além disso, se tornaria a única opção do tucanato, principalmente se o prefeito da Capital Wilson Santos desistir da disputa a governador e levar o PSDB a "costurar" aliança com o DEM do senador Jayme Campos, pré-candidato ao Palácio Paiaguás. Nessa dobradinha, Jayme buscaria a sucessão do governador Blairo Maggi (PR), enquanto Maluf, o Senado. Os nomes colocados até agora para o Congresso Nacional são do presidente da Assembleia, José Riva (PP), do procurador da República Pedro Taques (sem partido), do petebista Oswaldo Sobrinho e do deputado federal Wellington Fagundes (PR).
Perguntado sobre a possibilidade de disputar a senatória, Maluf ponderou que, de fato, está avaliando a proposta. "Estou sendo estimulado por muita gente para ser candidato a senador. Seria um projeto difícil, mas que pode vir a ser viável", destaca o parlamentar, que foi vereador por Cuiabá pelo extinto PFL (hoje DEM) e se elegeu deputado, em 2006, pelo PSDB. Maluf atuou também como secretário de Saúde de Cuiabá por 10 meses entre 2007 e o ano passado. Ele confirma que está em Brasília e que conversou com alguns deputados do PSDB. Destaca, porém, que sua visita à Capital federal foi com outro propósito, o de trazer investidores para a Grande Cuiabá motivados pela escolha da capital mato-grossense como uma das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014.
Guilherme Maluf observa que hoje o PSDB não possui no Estado nenhum nome colocado como pré-candidato a senador. Ele acha possível assumir esse projeto. Entende que não encontrará resistência. "Estamos avaliando para ver se há espaço. Em princípio, vejo que Cuiabá e a Baixada Cuiabana não possuem nomes colocados para disputar o Senado. Hoje não tem candidatura posta nessa região".
Sobre rumores de que, para viabilizar sua candidatura majoritária rumo a 2010 poderia até deixar o PSDB e migrar para o PMDB, a exemplo do que fez no processo eleitoral de 2008 e depois cancelou a filiação, Guilherme Maluf comenta que "a questão de mudança de legenda é especulação". "Tem de ver como fica essa questão da janela", diz o deputado, preocupado com a lei pró-fidelidade partidária instituída desde março de 2007 pelo TSE, que prevê perda do mandato àquele parlamentar que trocar de agremiação partidária. Para Maluf, o mais viável mesmo será tentar consolidar projeto majoritário pelo PSDB.
Maluf e Chica Nunes são os que restaram da bancada do PSDB na Assembleia. No governo Dante de Oliveira (1995/2002), o tucanato chegou a contar com 6 estaduais. Mesmo num partido que, em tese, deveria ser oposição à gestão Blairo Maggi, Maluf vive "no muro". Ele mais elogia do que critica a administração estadual. O ex-pefelista se elegeu deputado, na sobra, com 23.189 votos. A primeira colocada do partido foi Chica, com 27.648 votos. Em sua primeira eleição em 2004, como vereador, Guilherme Maluf obteve 4.499 votos.
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