Senadora culpa ex-diretores por ato secreto de servidor
A senadora Serys Slhessarenko, do PT de Mato Grosso, responsabilizou os ex-diretores do Senado pelo "ato secreto" de nomeação do servidor Júlio César Cecílio como motorista do gabinete, há exatamente seis anos e meio.
"Como poderia imaginar que uma nomeação em meu gabinete, feita há mais de seis anos, fosse um ato secreto ?", questionou o parlamentar petista, na noite desta terça-feira, ao ser provocada pela reportagem do Olhar Direto, por telefone.
Na avaliação da petista, só uma investigação "muito criteriosa" poderá revelar quem poderá ser responsabilizado pela publicação do 'ato secreto' de nomeação de Júlio Cecílio.
Ela garantiu que "fez todos os encaminhamentos" burocráticos necessários para a indicação do motorista e, portanto, não pode ser responsabilizada por "atos secretos praticados por ex-diretores".
De acordo com o apurado pelo Olhar, os mais de 30 senadores com servidores nomeados via atos secretos podem ter sido enganados pelo esquema mantido pelo ex-diretor administrativo do Senado, Agaciel Maia, que conseguiu a proeza de ficar 14 anos no cargo.
E Maia fazia e desfazia nos porões do Senado. Contudo, hoje paira no ar a expectativa a respeito da leniência ou não dos senadores. Em sua defesa, Serys garante que "desconhecia qualquer ato secreto", mas adverte que só as investigações poderão apontar as responsabilidade de quem quer que seja.
"Uma coisa é certa: muitos senadores, que encaminharam atos de nomeação para a diretoria da Casa, não tinham nenhum conhecimento das ações duvidosas e lesivas dos então diretores", pondera.
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