Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Terça - 23 de Junho de 2009 às 10:31
Por: Sergio Roberto

    Imprimir


As lideranças partidárias de Tangará da Serra já adiantam que o “voto útil” será rediscutido. A justificativa para o questionamento é o fato de o movimento ser considerado uma “faca de dois gumes”. Ou seja, se por um lado concentra votos a candidatos locais, por outro gera clima de descontentamento entre as direções estaduais dos partidos e provoca mal-estar do município com parlamentares de fora.

Para o presidente de honra do PDT, Idail Trubian, a tendência é que o partido não participe da campanha pelo voto útil em 2010. Trubian, que é delegado do partido, conta que em 2006 houve um flagrante descontentamento da direção estadual da sigla com a adesão do diretório local à campanha. “O diretório estadual indicava um rumo e nós seguimos outro. Houve uma grande insatisfação”, revela Trubian, que, ainda assim, não descarta conversações.

As opiniões do DEM, PMDB e PTB são parecidas. Segundo o membro do DEM, Ademir Anibali, a sigla ainda não começou a discutir as próximas eleições, mas a sinalização democrata é que o voto útil não teve o resultado esperado. “Não foi bom para Tangará, apesar da intenção positiva. Foi bom apenas para os candidatos. Houve um isolamento da cidade”, afirmou. Anibali salienta que o DEM tem nomes fortes para disputar as proporcionais do ano que vem, como o professor e ex-vereador Fábio Martins Junqueira e o empresário Normando Corral. “Estamos dispostos a discutir, mas o foco deve ser a busca pelo consenso. O voto útil não pode ser uma imposição”, afirmou. Herman Cavalari, presidente do PTB, também é favorável ao consenso, em especial para definição dos candidatos a deputado estadual. “Até podemos aderir, mas é necessário um estudo muito aprofundado. Desde que seja viável, o PTB estará junto”, observou o líder petebista.

No PMDB a opinião também vai ao encontro do entendimento. “É preciso discutir a fundo e ver o que é melhor para Tangará da Serra”, disse a secretária do partido, Azenate Fernandes de Carvalho. Segundo ela, é fundamental que seja criada uma consciência em torno da representatividade do município.

No PT, a tendência é de não adesão ao voto útil. Para o prefeito em exercício José Pereira Filho (Zé Pequeno - PT), a campanha isolou Tangará da Serra e criou um clima de descontentamento entre os parlamentares eleitos, em especial os deputados federais. “Não podemos fechar as portas, pois a colaboração dos deputados federais é muito importante ao município”, observou o prefeito, lembrando os contatos que manteve em Brasília na semana anterior. Para ele, a cidade tem que mostrar maturidade política. “Os interesses do município são prioridade, por isso não podemos fechar portas”, concluiu.





Fonte: Diário da Serra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/158332/visualizar/