Empresário Gilmar Mendes prospera, diz revista
"Carta Capital" revela que escola do chefe do STF ganha contratos públicos sem disputar licitação
Assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) fez bem aos negócios de Gilmar Mendes. Desde que passou a ocupar o posto, sua escola, o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), expandiu o número de contratos com órgãos públicos. Todos sem licitação.
Em 2007, quando Mendes ainda era só ministro do STF, o IDP faturou R$ 216,3 mil com esses convênios. No ano passado, a quantia subiu para R$ 577,8 mil. E no primeiro semestre de 2009, o Tesouro já empenhou R$ 597,8 mil para pagar os cursos oferecidos pelo instituto.
Até a Polícia Federal, que, segundo o ministro, abriga "gângsteres", virou cliente. Foram R$ 17,4 mil para pagar cursos a dois delegados. O estranho é que o contrato, também sem licitação, não tem uma identificação clara no Siafi, o sistema eletrônico que lista as ordens de despesa do Governo.
No corpo docente do IDP, como se sabe, figuram, entre outros, procuradores da República, auditores fiscais e ministros dos tribunais superiores, inclusive do STF, como Eros Grau e Carlos Ayres Britto, Nelson Jobim (Defesa), Jorge Hage (Controladoria-Geral da União), Mangabeira Unger (Planejamento Estratégico) e José Antonio Toffoli (Advocacia-Geral da União) são alguns dos representantes do Executivo nos quadros do instituto.
Sem ligar para o conflito, o IDP costuma ministrar cursos nestes tribunais e repartições. As informações são da revista Carta Capital.
Comentários