Nem apelo de Lula faz Maggi mudar de idéia em assumir ministério
Nem mesmo os apelos do presidente Lula, muito menos as solicitações da classe política e tão pouco as manifestações de carinho dos mato-grossenses estão sendo suficientes para demover o governador Blairo Maggi de não disputar nenhum cargo político na eleição de outubro de 2010.
Blairo Maggi foi o alvo das atenções durante sua permanência com o presidente Luis Inácio Lula da Silva. Sentou ao seu lado nas cerimônias, o que chegou a provocar uma certa crise de ciúmes do governador de Rondônia, Ivo Cassol. Em conversa com Maggi, ele chegou a comentar que “senti inveja em ver você sentado ao lado do presidente”.
Em um dos momentos, deu para ver nitidamente que nas conversas ao pé de ouvido, Lula dizia para Maggi se manter ativamente na política e concorrer a algum cargo eletivo em 2010, a senatória. Entre sorriso, o governador respondeu apenas que vai continuar trabalhando politicamente, mas sem cargo eletivo, pelo menos nesta próxima eleição.
Ao deixar Alta Floresta, Lula chegou a comentar que Blairo Maggi é um parceiro de primeira hora, que sempre esteve junto na construção do novo Brasil e que vai apoiar qualquer seja a decisão do governador. “Disse para ele não dar nenhum tempo na política, que o Brasil precisa de seu trabalho. Mas a decisão é dele, e irei apoiar seja qual for a posição que tomar”, revelou acrescentando que em nenhum momento a conversa girou sobre a possibilidade de Maggi assumir um ministério ainda neste ano.
Já neste sábado, durante a viagem para Rondonopolis, o governador, por telefone disse que não muda sua posição de se afastar temporariamente da política. “As manifestações de carinho do povo, os apelos de meus parceiros políticos foram intensos, até do presidente. Mas vou me afastar sim, passar um tempo com a minha família”, voltou a dizer. Ele, no entanto, assegura que vai trabalhar nos bastidores.
Perguntado se deixaria o governo do Estado até dezembro para que seu vice, Silval Barbosa assuma o comando, Maggi disse que ainda não tomou esta decisão. Lembra que seu mandato vai até dezembro de 2010.
O governador descartou também a possibilidade de vir a assumir a presidência do Comitê Copa do Pantanal, uma vez que é o maior responsável pela vinda da Copa do Mundo de 2014 para Cuiabá. “Não, não tem nada disso. Ao deixar o governo vou cuidar dos meus negócios e da minha família”, disse.
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